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Polícia

Caso Gritzbach: Justiça torna réus seis envolvidos na morte de delator do PCC

Vítima tinha acordo de delação premiada e foi executada a tiros; juiz decretou prisão preventiva dos suspeitos e determinou novas diligências

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Acima os mandantes do assassinato de Gritzbach e abaixo os executores de Gritzbach | Reprodução
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A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus por homicídio qualificado seis suspeitos de envolvimento no assassinato de Vinicius Gritzbach, delator da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

Foram denunciados como mandantes do assassinato Emílio Carlos Congorra, o Cigarreira, e Diego Amaral, conhecido como Didi. Ambos estão foragidos.

São apontados como atiradores e estão presos os policiais militares Ruan Silva Rodrigues e Denis Antônio Martins. O piloto do carro usado no crime é o PM Fernando Genauro, que também foi detido.

Kauê do Amaral Coelho, que seria o olheiro responsável por auxiliar os atiradores na fuga, segue foragido.

O juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo, da Vara do Júri de Guarulhos, também aceitou o pedido do MP para converter a prisão temporária dos mandantes e executores em preventiva.

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Investigação e motivações

Segundo as investigações, Gritzbach era gestor financeiro do PCC e alvo de apurações por lavagem de dinheiro. Ele também era suspeito de envolvimento na morte de outros membros da facção e havia firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público. A colaboração teria levado à sua "sentença de morte" decretada pelo grupo criminoso.

Diante da gravidade do crime, da repercussão nacional e internacional do caso e do risco à ordem pública, o juiz determinou a prisão preventiva dos réus. Ele também autorizou novas diligências solicitadas pelo Ministério Público, incluindo laudos periciais pendentes, análise de imagens e aprofundamento da investigação sobre outros possíveis envolvidos, além da origem do veículo e das armas utilizadas no crime.

As informações do caso serão compartilhadas com a Corregedoria da Polícia Civil, a Justiça Militar e outras varas criminais de São Paulo, especialmente aquelas relacionadas à delação de Gritzbach e a processos em que ele era mencionado.

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Pedido de reparação

Na denúncia, o Ministério Público pede que cada réu pague, no mínimo, R$ 1 milhão por danos morais coletivos e danos sociais.

Os acusados serão citados e intimados para apresentar defesa no prazo de 10 dias. O processo tramitará como ação penal de competência do júri, com a tipificação de homicídio qualificado.

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