Câmeras corporais na PM: SP aumentará uso do dispositivo em 18% com novas tecnologias
O Governo de São Paulo lançou edital para substituir suas 10 mil câmeras corporais antigas e contratar mais 2 mil para a Polícia Militar
O Governo de São Paulo vai substituir suas 10 mil câmeras corporais antigas e contratar mais 2 mil para a Polícia Militar (PM), segundo edital publicado no Diário Oficial do estado, nesta quarta-feira (22).
A adesão do equipamento representa um aumento de 18% das câmeras utilizadas pelos policiais durante suas operações.
Segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Unicef, da ONU, o uso das Câmeras Corporais Portáteis (COP), reduziu em 66,7% as mortes de adolescentes por policiais em serviço, entre 2019 e 2022.
O equipamento também trouxe mais segurança para os próprios policiais, reduzindo o número de pms vítimas de homicídio de 18, em 2020, para 4, em 2021, e 6, em 2022.
Novidades
O dispositivo de segurança contratado é mais moderno e permitirá o reconhecimento facial, leitura de placas de veículos roubados, melhoria de conexão e até mesmo transmissão ao vivo, além de outras inovações integradas ao sistema de monitoramento Muralha Paulista.
Se o policial estiver com o equipamento na função de transmissão em tempo real, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) conseguirá acionar apoio tático quando achar necessário, antes mesmo que as tropas em ação precisem solicitar.
De acordo com o novo edital, o armazenamento de imagens será aprimorado com cada equipamento portando baterias reservas para recargas, processamento e uploads de arquivos.
O Ministério Público, o Poder Judiciário e os demais órgãos de controle vão poder receber automaticamente os registros de áudio e vídeo dos policiais em serviço, seguindo as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Gestão e economia
O governador Tarcísio de Freitas foi um duro crítico do dispositivo desde sua campanha eleitoral até março deste ano, quando recuou e anunciou a contratação dessas novas câmeras corporais.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a expectativa é que a nova licitação renda uma economia entre 30% a 50% para os cofres estaduais. No contrato anterior, cada câmera custava cerca de R$ 1 mil, o novo edital prevê a unidade por volta dos R$ 500.
Câmeras antigas
A Polícia Militar, conforme previsto no contrato, devolverá as COPs antigas para a empresa proprietária.
No entanto, para evitar a interrupção do serviço durante a transição para o material novo, a força policial pode renovar o acordo antigo, mantendo seu funcionamento até a troca completa.
Quais tropas devem usar?
Segundo critério da PM, as câmeras são repassadas para as tropas que atuam em ocorrências mais extremas com maior frequência, como as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Rondas Ostensivas com apoio de Motocicletas (Rocam) e outros batalhões.