Brigadeiro envenenado: mulher ficou "aborrecida" com cancelamento de união estável
Suspeita segue foragida; amiga que teria acobertado crime foi presa e revelou detalhes do plano
A suspeita de matar o namorado com um brigadeiro envenenado no Rio de Janeiro ficou aborrecida com o cancelamento de uma união estável com a vítima, segundo investigações da Polícia Civil. O carro do empresário teria sido usado para quitar uma dívida de Júlia Andrade Cathermol Pimenta com uma “mentora espiritual”.
A polícia não tem dúvidas de que a motivação para o assassinato do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, foi financeira. Em depoimento, a amiga de Júlia e “mentora espiritual” Suyany Breschak, afirmou que a suspeita e o empresário tiveram um relacionamento longo, desde 2013. A vítima tinha sinalizado formalizar uma união estável. Com isso, Júlia teria direito aos bens.
Segundo Suyany, que foi presa por suspeita de acobertar o crime, a amiga ficou “aborrecida” porque Luiz teria desistido da ideia de união estável. Júlia segue foragida.
Pagamento para esconder passado
As duas se conhecem há 12 anos – aproximadamente o período do envolvimento entre o empresário e a suspeita. Julia pedia a Suyany que a ajudasse a esconder o passado: ela era garota de programa e chegou a ter outros relacionamentos durante o período que esteve com a vítima.
Nesse período, Júlia estaria devendo cerca de R$ 600 mil para a “mentora espiritual”, pelos “serviços” prestados. O carro de Marcelo teria sido usado para quitar a dívida.
Além da prisão de Suyany, um amigo dela também foi preso por receptação, em Araruama, região dos Lagos, pois estava com o carro e o computador do empresário. O namorado de Suyany prestou depoimento e revelou ter ouvido áudios de Júlia tramando o crime.