Bolo envenenado: polícia investiga se suspeita participou da morte do próprio pai no RS
Segundo a investigação, Deise Moura dos Anjos começou a pesquisar sobre veneno ainda nos meses de julho e agosto, depois comprou arsênio em duas oportunidades
Guilherme Rockett
A polícia investiga se a suspeita de ter matado quatro pessoas envenenadas no Rio Grande do Sul também participou da morte do pai dela, em 2020.
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A investigação já apontou que a suspeita pelas outras quatro mortes tinha desavenças com toda a família do marido, principalmente com a sogra e o sogro.
Segundo a investigação, Deise Moura dos Anjos começou a pesquisar sobre veneno para matar humanos ainda nos meses de julho e agosto, depois comprou arsênio em duas oportunidades, uma antes do mês de setembro e outra antes do final do ano.
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"Cumprimos mandados de busca e apreensão na casa da Deise, aprendemos telefones celulares, e desses extratos a gente tem que ela não só pesquisou veneno que mata humanos, que se vende pela internet, como também comprou, recebeu e usou veneno para matar as vítimas", afirma o delegado Cleber Lima.
Após a morte do sogro dela, em setembro, também por envenenamento, Deise tentou se aproximar da sogra Zeli. Ela chegou a enviar áudios para o celular da sogra. "A gente pode ficar junto, né? Família junto, todo mundo se ajudando", disse em uma das mensagens.
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"Ela procura se aproximar da Zeli novamente, buscando consolá-la, pedindo para que ela fosse morar com eles e de uma forma dissimulada, porque logo após ela tentaria matar a Zeli novamente", diz o delegado.
O bolo preparado com veneno segue preservado na sede do Instituto-Geral de Perícias, em Porto Alegre. As peritas descobriram que a farinha estava contaminada com arsênio.