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Polícia

Bicheiro Vinícius Drumond é alvo de operação por furto de petróleo no Rio de Janeiro

Investigação revelou que Franz Dias Costa e Mauro Pereira Gabry, influentes no mundo do crime carioca, estão envolvidos diretamente no esquema de Drumond

Imagem da noticia Bicheiro Vinícius Drumond é alvo de operação por furto de petróleo no Rio de Janeiro
Bicheiro Vinícius Drumond | Reprodução
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma operação contra a organização criminosa do bicheiro Vinícius Drumond, nesta quarta-feira (5). A quadrilha comandada por ele é especializada em furto de petróleo e de derivados subterrâneos, além de se estruturar financeiramente com o "jogo do bicho".

Vinícius é filho do contraventor Luizinho Drumond, conhecido no ramo do bicho carioca, e expandiu as atividades ilegais deixadas pelo pai. Segundo a Polícia Civil, Vinícius é apontado como o responsável por diversos esquemas de corrupção, lavagem de dinheiro, furtos e outras operações ilícitas.

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Nesta operação, que foi nomeada Ouro Negro, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão contra o grupo, apreendendo celulares, registros contábeis, computadores e documentos. O trabalho investigativo revelou que Franz Dias Costa e Mauro Pereira Gabry estão envolvidos diretamente no esquema de Drumond.

Franz Dias Costa e Mauro Pereira Gabry | Reprodução
Franz Dias Costa e Mauro Pereira Gabry | Reprodução

Franz e Mauro possuem uma longa ficha criminal e são considerados influentes nos bastidores do crime. A Polícia Civil diz que ambos atuavam "como peças-chave na estrutura da organização criminosa".

Por exemplo, Mauro era responsável pela administração das operações criminosas, desde ações envolvendo furto de petróleo a esquemas de lavagem de dinheiro, na região sul fluminense. Além do papel estratégico deles, o grupo contava com a seguinte divisão:

+ Setores especializados em perfuração de dutos, transporte e armazenamento de combustíveis furtados;

+ Rede de informantes para monitorar ações policiais e evitar operações de repressão;

+ Empresas de fachada e "laranjas" para lavagem de dinheiro e disfarce das atividades ilícitas.

Drumond e o assassinato do advogado Rodrigo Marinho

Advogado Rogério Marinho, assassinado em fevereiro do ano passado | Reprodução
Advogado Rogério Marinho, assassinado em fevereiro do ano passado | Reprodução

A investigação, conduzida pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), descobriu que a locadora de veículos utilizada pela quadrilha é a mesma envolvida no assassinato do advogado Rodrigo Marinho, no ano passado, ocorrido na porta da sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ).

No esquema de Drumond, a empresa cedia carros para facilitar o furto de petróleo. Já na morte do advogado, o veículo usado na execução foi alugada por uma empresa de fachada supostamente vinculada ao grupo criminoso do bicheiro.

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"Essa ligação entre o furto de petróleo e o homicídio evidencia a complexidade da rede criminosa, mostrando que o grupo não se limita a crimes financeiros, mas também está envolvido em crimes violentos, incluindo execuções ligadas à disputa de poder no submundo da contravenção", declarou a Polícia Civil.

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