Complexo da Maré no Rio é alvo de operação da polícia pelo segundo dia
Ação na última terça-feira teve três mortos, incluindo policial militar, e 24 suspeitos presos; escolas estão fechadas
A polícia do Rio de Janeiro segue no Complexo da Maré, na manhã de quarta-feira (12), dando continuidade à operação que soma três mortos e 24 suspeitos presos.
Inicialmente, o objetivo da operação era prender integrantes de uma quadrilha especializada no roubo de carros nas principais vias expressas da cidade.
Cinco comunidades foram alvos dos policiais: Maré, Vila dos Pinheiros, Vila do João, Timbau e Baixa do Sapateiro. Um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi baleado e morto em confronto na Maré.
Na Vila do João, um dos acessos ao Complexo da Maré, o trânsito estava intenso e congestionado. Escolas não reabriram e ônibus foram incendiados, bloqueando ruas e avenidas.
Foram apreendidos 11 fuzis, uma metralhadora antiaérea - usada para tentar derrubar aeronaves -, drogas, granadas e oito carros roubados. A estimativa é que o prejuízo para a organização criminosa de R$ 1 milhão.
A expectativa é que o policiamento seja reforçado ao longo do dia, buscando evitar o que ocorreu no dia anterior. Na madrugada, foram registrados tiros.
Ônibus incendiado na comunidade do Muquiço
Além da operação na Maré, um ônibus foi incendiado na avenida Brasil, durante uma manifestação.
Os moradores da comunidade do Muquiço, também na zona norte carioca, protestaram após uma operação policial. A corporação disse que prendeu um suspeito com um fuzil e radiotransmissor. Não foi registrado confronto e ninguém ficou ferido.