Polícia investiga se médicos de SP foram mortos por engano no Rio
Perseu Almeida, uma das vítimas, pode ter sido confundido com o miliciano Taillon Barbosa, solto há dez dias e frequentador da área
Com base em informações da Inteligência, as polícias Federal e Civil, do Rio de Janeiro, investigam se os três médicos paulistas foram mortos por engano, em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, na madrugada desta 5ª feira (5.out). Uma das vítimas, o médico Perseu Ribeiro Almeida, pode ter sido confundido com um acusado de pertencer a uma milícia.
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Além de Almeida, estavam no bar os ortopedistas Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf de Souza Bomfim e Daniel Sonnewend Proença, todos de São Paulo. Eles estavam no Rio para participar do 6° Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, que começou nesta 5ª e vai até sábado (7.out). Imagens de câmeras de segurança mostram três homens de preto chegando em um carro branco. Eles descem, efetuam os disparos e saem em seguida, do local, sem levar nada.
Uma das vítimas, Diego Bomfim, é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do também parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ). O que levanta também a tese de crime de execução ligado à política.
Milícia
As suspeitas de engano dos assassinos entrou na mira da polícia. Imagens do miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa mostram a semelhança com o médico Perseu Almeida. Ele mora próximo do local.
As suspeitas passaram a ser investigadas, pois Taillon Barbosa saiu no final de setembro da cadeia e era frequentador da área onde foi registrado o crime, a orla da Barra da Tijuca. Ele é filho de Dalmir Pereira Barbosa e alvo de investigações do Ministério Público Estadual do Rio por liderar uma milícia que atua na Zona Oeste fluminense.
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