Quem é Suel, preso nesta 2ª por participar de assassinato de Marielle
Detido durante Operação Élpis, ex-bombeiro já havia sido condenado em 2021 por atrapalhar investigação
O ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, preso nesta 2ª feira (24.jul) por participar do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), é suspeito, também, de integrar uma milícia que explora o serviço clandestino de internet e TV a cabo - conhecido como 'gatonet' - em Rocha Miranda, zona norte do Rio de Janeiro.
O salário de Maxwell como sargento do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em 2020, era de cerca de R$ 4,6 mil. Seu patrimônio, que inclui a casa no Recreio - avaliada em cerca de R$ 2 milhões, com piscina, bar, restaurante, academia e 4 quartos - e carros importados como uma BMW X6, com valor de aproximadamente R$ 170 mil, é incompatível com sua renda, segundo a Polícia.
O patrimônio do ex-bombeiro é tão grande que foi combinado, entre os envolvidos no crime, que ele auxiliaria financeiramente a família de Élcio de Queiroz, preso junto com o ex-PM Ronnie Lessa, em 2019, por dirigir o veículo usado na execução de Marielle e Anderson. Suel deu dinheiro para pagar o advogado de defesa de Élcio e para bancar os parentes dele.
+ Marielle Franco foi vigiada por pelo menos 7 meses antes de assassinato
Tido como um dos melhores amigos de Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que matou Marielle e Anderson Gomes, o ex-bombeiro já havia sido preso em junho de 2020 por atrapalhar as investigações relacionadas ao assassinato.
Em 2021, ele foi condenado a quatro anos de prisão, em regime aberto, por obstrução de justiça no caso das mortes de Marielle e Anderson. O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro decidiu expulsar o sargento em 2022, quando ele foi novamente preso, dessa vez pela Operação Calígula, por suposto envolvimento com a contravenção.
Leia também:
+ Caso Marielle Franco: veja detalhes da delação de Élcio de Queiroz à Polícia Federal