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Lula pede para prefeitos manterem a civilidade nas eleições municipais deste ano

Presidente participou da 25ª Marcha dos Prefeitos a Brasília, realizou anúncios e reafirmou apoio ao Rio Grande do Sul

Lula pede para prefeitos manterem a civilidade nas eleições municipais deste ano
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aconselhou, nesta segunda-feira (21), os candidatos às eleições municipais em 2024 a “não perderem a civilidade” por conta do pleito. O chefe do Palácio do Planalto ainda reforçou a necessidade de manter uma boa relação do governo federal com as prefeituras.

O conselho de Lula foi feito em uma solenidade na 25ª Marcha dos Prefeitos, realizada na zona central de Brasília. O presidente ainda fez uma série de anúncios, como o Minha Casa, Minha Vida para municípios pequenos - com menos de 50 mil habitantes, entre outras medidas para atenuar as dívidas das prefeituras.

"Não permitam que as eleições deste final de ano façam com que vocês percam a civilidade. Este país está precisando de civilidade, de harmonia, esse país está precisando muito mais de compreensão”, disse Lula, que chegou a ser vaiado - e apoiado - por parte dos prefeitos assim que chegou ao palco do evento.

Além de Lula, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também participaram da solenidade.

Ao levantar para discursar, Lula conseguiu "quebrar o gelo" com parte do público polarizado. Ao ajustar o microfone no púlpito, o presidente da República, de 1,68m, brincou com a diferença de altura de Pacheco, de 1,94m, que falou logo antes do chefe do poder Executivo.

Depois de arrancar risadas, Lula pediu um minuto de silêncio ao Rio Grande do Sul e aos gaúchos e dispersou qualquer possibilidade de hostilidade com os prefeitos opositores.

Lula também voltou a falar, rapidamente, sobre o desastre ambiental no Rio Grande do Sul e reforçou o discurso que vem fazendo em praticamente todos os eventos de que não faltarão recursos e empenho do governo federal para reconstruir o estado. Disse ainda que qualquer estado que sofra com grandes catástrofes ambientais receberão o mesmo apoio que o governo está dando aos gaúchos.

“Mudou o paradigma do tratamento dos desastres climáticos neste país. O que nós fizemos no Rio Grande do Sul não é só para o Rio Grande do Sul. Qualquer crise climática que tiver em algum estado, nós estamos obrigados a fazer igual ou melhor do que o que fizemos no Rio Grande do Sul”, disse Lula.

O Rio Grande do Sul vive a maior crise climática de sua história e as inundações afetaram 464 dos 497 municípios gaúchos.

Propostas da CNM

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, apresentou na manhã desta terça,21 de maio, durante a solenidade de abertura da XXV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, duas medidas para o enfrentamento de mudanças climáticas e prevenção de desastres:

  • Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática

Um levantamento feito pela CNM com 3,6 mil cidades brasileiras aponta que apenas dois a cada dez prefeituras estão preparadas para o combate às mudanças climáticas. Além das dificuldades técnicas, 68% dos Municípios afirmaram nunca terem recebido nenhum tipo de recurso dos Estados ou do governo federal para atuar na prevenção às mudanças climáticas.

“Isso é para provocar o debate no Congresso e na sociedade. Essa proposta vai repercutir em torno de R$ 25 bilhões. Estamos com essa emenda já em tramitação. Eu acho que vai ser um importante mecanismo para o Ministério do Meio Ambiente, para o Brasil e para o enfrentamento do clima. Somos um Ente da Federação que tem o compromisso com as mudanças climáticas”, enfatizou o presidente da CNM.

A proposta também prevê a aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Mudança Climática fora do Orçamento Geral da União. A Confederação justifica essa medida porque o modelo tradicional de aplicação de recursos públicos não tem produzido adequados resultados na promoção de medidas efetivas que possam prevenir e enfrentar as consequências da mudança climática.

  • Criação do Consórcio Nacional para Gestão Climática e Prevenção de Desastres

Além dessa proposta, o presidente da CNM lançou o Consórcio Nacional para Gestão Climática e Prevenção de Desastres. De acordo com Ziulkoski, essa parceria vai ser fundamental para ter mais organização com transparência, gestão pública, controle de recursos e uma política que possa agregar questões imediatas.

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