Lula diz que tratou com Lira sobre deputados "brigões" e faz acenos ao Congresso; veja análise
Presidente mostrou preocupação com "degradação da função política" por causa de brigas; Brasil Agora desta quinta (18) comenta essa e outras declarações
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma série de comentários sobre o Congresso Nacional nessa quarta-feira (17). Disse que conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre deputados "brigões" e fez acenos aos parlamentares, afirmando que nunca teve relação tão boa com o Legislativo. O apresentador Murilo Fagundes e a comentarista Iamsin Costa fazem uma análise desse assunto no Brasil Agora desta quinta (18). Assista no canal do SBT News no YouTube.
+ Lula diz que nunca teve uma relação tão boa com o Congresso; derrotas mostram contradição
Sem citar nomes de envolvidos, Lula afirmou que conversou com Lira "depois de uma briga que houve lá". Liguei para ele e falei: 'Acho que é o seguinte, cara, você precisa conversar com muita vontade de ser conciliador porque nós estamos promovendo um processo de degradação da função política'", falou o presidente.
Para Costa, Lula mostrou preocupação com possível visão negativa das pessoas sobre a política por causa de desentendimentos desse tipo. "Pediu mais cuidado, mais tranquilidade entre os parlamentares, para evitar que a opinião pública fale mal, e com motivo", comentou a jornalista.
+ Lula se reúne com INSS e PF para tratar de ‘pente-fino’ nos benefícios sociais
Em junho, por exemplo, deputados André Janones (Avante-MG), que apoiou Lula nas eleições de 2022, e outros congressistas, como o bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), trocaram insultos e empurrões no Conselho de Ética. Dias depois, a Câmara aprovou projeto de Lira que prevê suspensão de mandato por quebra de decoro.
Relação de Lula com Congresso
Apesar de Lula ter defendido que relacionamento com Congresso nunca foi tão tranquilo, reveses do governo no Legislativo em temas como desoneração da folha de pagamentos, lei das "saidinhas" de presos do regime semiaberto e projeto das fake news evidenciam o contrário. "Derrotas mostram contradição", analisou Fagundes.
"Governo sustenta isso, mas alguns pontos precisam ser melhorados nessa relação. Reforma tributária foi aprovada, mas é vista como vitória do próprio presidente da Câmara e não só do governo federal", explicou.
