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Comissão do Senado aprova indicação de Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central

Decisão foi unânime; nome será votado ainda nesta terça-feira (8) pelo plenário da Casa

Comissão do Senado aprova indicação de Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central
Indicação foi aprovada após quase quatro horas de sabatina na comissão | Roque de Sá/Agência Senado
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A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou, nesta terça-feira (8), por placar unânime, com 26 votos, a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC). Ele é o atual diretor de política monetária da instituição e foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidi-la no dia 28 de agosto.

+ Autonomia não significa que BC "virará as costas ao poder democraticamente eleito", diz Galípolo

O mandato de Roberto Campos Neto na presidência do BC vai até 31 de dezembro de 2024. O nome de Galípolo para sucedê-lo deve ser votado ainda nesta terça-feira no plenário do Senado. A Comissão de Assuntos Econômicos aprovou o envio, ao plenário, de um requerimento de urgência para a análise da indicação. O pedido foi proposto pelo líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP).

A indicação de Galípolo foi aprovada após quase quatro horas de sabatina na comissão. O indicado tem 42 anos. É graduado em ciências econômicas e é mestre em economia política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Também pela PUC-SP, possui pós-graduação em política econômica.

Em 2023, foi o secretário-executivo (número 2) do Ministério da Fazenda até assumir a Diretoria de Política Monetária do BC.

Na sabatina nesta terça, discorreu sobre vários temas, como a autonomia do Banco Central e o mercado de bets no país. Segundo ele, a autonomia do BC estabelecida pela lei sancionada em 2021 não significa que o banco vai se isolar "e virar as costas ao poder democraticamente eleito".

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Ele reforçou que a autonomia funciona de forma que as metas e os objetivos estabelecidos ao BC são definidos "pelo poder democraticamente eleito" e, uma vez estabelecidos, "cabe ao BC e à sua diretoria perseguir essa meta".

No que diz respeito às bets, afirmou que a autoridade monetária "não tem qualquer tipo de atribuição sobre a regulação" das apostas de cota fixa.

A função do BC em relação às bets, ressaltou Galípolo, é "muito mais tentar entender" qual é o impacto delas "em endividamento das famílias, como é que a gente consegue explicar a relação entre atividade econômica, despesas e o impacto para a inflação".

Sem pressão

Galípolo disse que, no período no qual vem atuando como diretor de política monetária no BC, nunca sofreu pressão de Lula.

"Seria muito leviano da minha parte dizer que o presidente Lula fez qualquer tipo de pressão em cima de mim sobre qualquer tipo de decisão", acrescentou.

Na hipótese de um dia acontecer, disse, terá "a coragem" de tomar uma decisão técnica.

"No dia que você começa a tomar decisões fora da sua consciência, você vai começar a empilhar equívocos e vai ter muita dificuldade para explicar para si mesmo as decisões que você tomou", pontuou Galípolo.

"Então a todo momento, todas as decisões que eu tomei na minha vida, inclusive no BC, eu durmo muito bem, graças a isso. São sempre decisões de acordo com a minha consciência e a minha obrigação aqui é tomar essas decisões de acordo com o que é melhor para a população brasileira".

Ainda de acordo com o indicado, em todas as ocasiões que Lula o encontrou ou ligou para ele, "foi para dizer: 'Comigo você terá toda a tranquilidade. Eu jamais vou lhe perguntar antes, eu jamais vou fazer qualquer tipo de interferência, você vai ter toda a liberdade para tomar a decisão de acordo com o seu juízo, eu vou respeitar sempre'".

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