Política

Câmara aprova urgência de projeto que cria bancada cristã com assento no colégio de líderes

Proposta formaliza representação de frentes evangélica e católica com direito a voz e voto nas decisões internas

Imagem da noticia Câmara aprova urgência de projeto que cria bancada cristã com assento no colégio de líderes
Culto Ecumênico das Frentes Parlamentares Católica e Evangélica | Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
• Atualizado em
Publicidade

A Câmara dos Deputados deu o primeiro passo smbólico para oficializar a bancada cristã como uma nova força política dentro da Casa. Por ampla maioria, 398 votos a favor e 30 contra, os parlamentares aprovaram nesta quarta-feira (22) o regime de urgência do projeto que cria uma liderança cristã com direito a voto no colégio de líderes, grupo que define o que vai ou não à pauta do plenário.

Com a urgência, o texto poderá ser votado diretamente em plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara. O mérito ainda não tem data para ser pautado.

+Projeto Antifacção prevê até 30 anos de prisão, infiltração policial e bloqueio de bens de facções

Segundo a proposta, a bancada será composta por uma coordenação-geral e três vices-coordenadorias, formadas por representantes das frentes evangélica e católica. O deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP) será o coordenador-geral do grupo. O parlamentar também preside a Frente Parlamentar Evangélica.

A ideia é representar cerca de 300 deputados, entre evangélicos, católicos e aliados de pautas conservadoras. O grupo terá direito a voz e voto nas reuniões de líderes partidários e poderá usar a palavra por cinco minutos semanalmente em plenário.

O grupo quer um tratamento semelhante ao das bancadas feminina e negra, que já têm status de liderança. Nos bastidores, o movimento é visto como gesto político de aproximação com o eleitorado religioso e com a base conservadora, num momento em que o Congresso discute temas delicados.

+Cobrança por bagagem de mão: relator na Câmara detalha os próximos passos para proibir taxa extra

O clima da votação refletiu essa mistura entre fé e política. Antes da sessão, deputados realizaram um culto ecumênico na Câmara. O presidente Hugo Motta participou ao lado da esposa, Luana Medeiros, e o deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ) encerrou o ato cantando uma música pedindo anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade