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Brasileiros admitem comprar produtos ilegais; mercado movimenta R$ 7,8 bilhões por ano

Valor arrecadado com a venda de itens como cigarros, bebidas, roupas e combustíveis sem procedência fomenta o crime organizado

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Uma pesquisa inédita realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Instituto Ipsos Brasil, revelou a disposição de milhões de brasileiros em adquirir produtos ilegais, como cigarros, bebidas, roupas e combustíveis sem procedência. O estudo alerta que o comércio ilícito movimenta R$ 7,81 bilhões por ano sem recolher impostos e fomenta o crime organizado.

O levantamento mostra que 24% dos consumidores de bebidas alcoólicas admitem comprar produtos ilegais — o equivalente a 11,7 milhões de pessoas. Entre os que consomem combustíveis e eletrônicos, 20% afirmam o mesmo (9,7 milhões e 3,4 milhões, respectivamente). Já no setor de vestuário, 25% dos consumidores (9,7 milhões) declaram adquirir peças sem procedência.

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O número de fumantes que consomem marcas ilegais chega a 15,4 milhões de brasileiros. Além disso, 10 milhões utilizam cigarros eletrônicos e saches de nicotina, produtos proibidos no país. O comércio clandestino desses itens faturou R$ 7,81 bilhões em 2024, segundo os pesquisadores.

De acordo com a pesquisa, a regulamentação dos produtos de tabaco e nicotina poderia gerar R$ 13,7 bilhões em tributos federais e estaduais. Especialistas defendem que o combate ao comércio ilegal deve combinar fiscalização rigorosa e políticas públicas de conscientização, para reduzir o incentivo ao consumo de itens contrabandeados.

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