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Polícia prende falsificador de bebidas em São Paulo

Operação apreendeu centenas de garrafas, rótulos, tampas e selos falsificados usados em esquema que abastecia o interior do estado

Imagem da noticia Polícia prende falsificador de bebidas em São Paulo
Material apreendido pelo DEIC usado para falsificação de bebidas | Foto: reprodução/DEIC
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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) prendeu, na manhã desta sexta-feira (3), um homem apontado como um dos principais fornecedores de materiais usados na produção de bebidas alcoólicas adulteradas. A ação ocorreu na zona norte de São Paulo.

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Ele utilizava duas casas para armazenar garrafas usadas, rótulos e selos falsificados, que eram vendidos a quem atua no mercado ilegal.

Em dois imóveis, os policiais encontraram itens para falsificação em larga escala, incluindo garrafas, tampas, rótulos, caixas de embalagem e selos de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) falsificados da Receita Federal. Segundo as investigações, o material abastecia falsificadores em diversas regiões do estado, principalmente no interior.

Material apreendido pelo DEIC usado para falsificação de bebidas | Foto: reprodução/DEIC
Material apreendido pelo DEIC usado para falsificação de bebidas | Foto: reprodução/DEIC

O esquema foi descoberto durante apurações que apontavam para um elo estratégico da cadeia de falsificação, instalado no Jardim Carumbé, zona norte de São Paulo.

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De acordo com a polícia, o suspeito montou uma rede de coleta e preparo de garrafas de uísque, vodca, gim e outras bebidas. Ele fazia a lavagem dos recipientes e a aplicação de rótulos, tampas, selos de autenticidade e caixas falsificadas, utilizando prensas para envase.

O suspeito vendia cada garrafa por dois reais, que depois eram reutilizadas para envasar bebidas falsas destinadas a baladas, bares e festas. Até equipamentos para lacrar as garrafas foram encontrados. Foram recolhidas 2.500 garrafas e milhares de insumos para adulteração.

A Polícia Civil investiga a possível contaminação das bebidas no processo de lavagem das garrafas reaproveitadas. Para um professor da Unicamp, essa hipótese é plausível.

Ele explicou que um envase inadequado ou uma limpeza malfeita pode permitir a presença do produto. Apenas 20 mililitros de metanol podem causar problemas de visão, e 60 mililitros são suficientes para levar à morte.

O governo estadual anunciou que comerciantes flagrados vendendo bebidas falsificadas, adulteradas ou sem nota fiscal terão a inscrição estadual cancelada, o que significa a perda da licença de funcionamento.

O detido foi autuado por crimes contra a propriedade industrial e contra as relações de consumo. As investigações agora buscam identificar a participação de gráficas, empresas de tampas e responsáveis pelo envasamento das bebidas adulteradas.

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