PM agride homem e destrói mesas e cadeiras de adegas na zona leste de São Paulo
Vídeo mostra policial militar dispersando clientes e quebrando bebidas e objetos dos estabelecimentos
SBT News
Um policial militar foi flagrado agredindo um homem e destruindo mesas e cadeiras de duas adegas durante uma abordagem na região de Itaquera, na zona leste de São Paulo.
A ação do policial militar da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) foi registrada em vídeo na madrugada do dia 23 de março, mas só agora foi compartilhada nas redes sociais.
Nas imagens é possível ver o policial militar dando golpes de cassetete nas bebidas. Ele também dá chutes em cadeiras e joga no chão as mesas que estão do lado de fora do estabelecimento.
+Exclusivo: SBT tem acesso às imagens de câmeras corporais de PMs de SP acusados de estupro
+ Quem é João Neto, advogado influencer e ex-policial, suspeito de agredir esposa em Maceió
Os donos das duas adegas tentam fechar as portas dos estabelecimentos, que ficam entreabertas. Alguns clientes saem correndo de dentro da adega e fogem diante da fúria do policial militar.
Um homem, que tentou se aproximar do policial, leva dois golpes de cassetete no rosto e cai no chão. Um segundo policial aparece apenas acompanhando a ação.
A reportagem do SBT conversou nesta terça-feira (15) com o proprietário de um dos estabelecimentos. Com medo de represálias, ele pediu para não ser identificado.
O dono da adega afirmou que dois policiais da Rocam chegaram com muita violência e um deles ordenou que todos deixassem o local antes de começar a destruir as cadeiras, mesas e bebidas.
+ Policiais agridem adolescentes durante operação em Manhuaçu, Minas Gerais
O proprietário do estabelecimento afirmou que ficou com medo e se refugiou dentro da adega. Ele disse que o homem que é agredido com golpes de cassetete no rosto é uma pessoa em situação de rua, que ajuda a recolher as mesas e limpar a frente das adegas no final da madrugada.
O comerciante disse que não denunciou os policiais à Corregedoria porque tem medo de represálias.
O SBT encaminhou o vídeo para a Polícia Militar para saber se os policiais foram identificados e se o caso está sendo apurado pela Corregedoria da PM. Também procuramos a Ouvidoria da Polícia de São Paulo para que se pronuncie sobre a conduta do policial.
