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Polícia

Justiça do Rio solta motociclista e revoga custódia de universitário baleado

Thiago Marques e Igor Melo foram perseguidos por um policial à paisana após suposta acusação de roubo; Igor foi baleado e está internado

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A Justiça do Rio determinou a libertação do motociclista de aplicativo Thiago Marques Gonçalves e revogou a custódia do universitário Igor Melo de Carvalho, que está internado no Hospital Getúlio Vargas. A decisão foi tomada durante audiência de custódia na tarde desta terça-feira (25).

Os dois haviam sido presos em flagrante após serem acusados por um casal de envolvimento em um assalto ocorrido na noite de domingo (23), na zona Norte do Rio. O policial à paisana, que os acusava, perseguiu a dupla e efetuou disparos.

Após deixar a prisão, Thiago Marques afirmou estar aliviado com o desfecho. “Eu estava trabalhando quando tudo aconteceu. Mesmo após os tiros, o atirador continuou nos perseguindo, mas conseguimos fugir”, disse.

Carlos Alberto de Jesus, policial militar da reserva, confessou ter feito os disparos e alegou que os dois seriam responsáveis pelo roubo do celular de sua esposa, Josilene da Silva Souza. O PM prestou um novo depoimento nesta terça-feira (25).

Igor, que estava sob custódia no hospital, permanece internado para continuar o tratamento. Ele foi baleado enquanto voltava para casa em uma corrida de aplicativo conduzida por Thiago, de 24 anos.

O ferido atua como jornalista esportivo e cursa Publicidade e Propaganda, e fazia bicos para complementar a renda em uma casa de samba.

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Igor atua como jornalista esportivo e estuda publicidade e propaganda na Universidade Celso Lisboa | Reprodução/Redes sociais
Igor atua como jornalista esportivo e estuda publicidade e propaganda na Universidade Celso Lisboa | Reprodução/Redes sociais

Suposto roubo

O SBT News teve acesso aos depoimentos do PM que realizou os disparos, de Josilene e de outros militares que atenderam a ocorrência.

O policial afirmou que "sacou uma arma de fogo, efetuou dois disparos [...] e que o homem de camisa amarela, que estava armado, correu". Josilene reforçou a versão do militar, alegando que "o homem de amarelo, em cima da moto, chegou a sacar a arma, mas seu companheiro foi mais rápido".

No entanto, o celular roubado de Josilene e o suposto revólver de Igor não foram localizados. As investigações revelaram que Igor havia solicitado o transporte por aplicativo duas horas depois do horário em que a esposa do PM disse ter sido assaltada, também na Penha.

Uma câmera de segurança registrou o momento em que Igor estava saindo do trabalho, ainda com o uniforme amarelo, embarcando na moto por aplicativo à 1h30, de segunda-feira (24) — quase duas horas depois do assalto de Josilene.

Ela declarou que estava em um ponto de ônibus por volta das 23h de domingo, quando dois homens em uma moto azul se aproximaram. Um deles, vestindo camisa amarela, identificado como Igor, teria tomado seu celular.

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Câmera de segurança mostra quando Igor, ainda uniformizado, embarca em mototáxi, por volta das 1h30 de segunda-feira (24) | Reprodução
Câmera de segurança mostra quando Igor, ainda uniformizado, embarca em mototáxi, por volta das 1h30 de segunda-feira (24) | Reprodução

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