Caso Vitória: Polícia conclui que suspeito preso agiu sozinho no assassinato em Cajamar
Perícia revela novas provas, que incluem foto de post de Vitória, que indicam perseguição e violência antes do crime

Fabio Diamante
Robinson Cerantula
Majô Gondim
A investigação sobre a morte de Vitória Regina de Souza, em Cajamar, na Grande São Paulo, teve uma reviravolta nesta sexta-feira (15). A Polícia Civil concluiu que Maicol Sales dos Santos, único preso até o momento, pode ter agido sozinho no crime.
Laudos periciais apontam que Maicol perseguia Vitória desde o ano passado. Durante a perícia realizada no celular do suspeito, foram encontradas provas relevantes, incluindo um print de uma publicação feita por Vitória em uma rede social, na qual ela informava que estava voltando para casa na noite de 26 de fevereiro. Nesse momento, a jovem aguardava um segundo ônibus. Para os investigadores, o registro da postagem indica que Maicol monitorava os passos da vítima no dia de seu desaparecimento.
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Além disso, câmeras de segurança registraram o carro de Maicol, um Toyota Corolla prata, no local onde Vitória foi sequestrada. O corpo da jovem foi localizado uma semana depois em uma área de mata em Cajamar.
A perícia também encontrou no celular de Maicol fotos de outras mulheres que se parecem fisicamente com Vitória, o que chamou a atenção dos investigadores. Para a polícia, isso reforça o perfil do suspeito como um "stalker" – termo em inglês que define um perseguidor obsessivo.
Segundo os laudos, Vitória foi mantida em cativeiro, torturada e teve os cabelos raspados. Os peritos trabalham com a tese de que ela tenha sido violentada sexualmente antes de ser morta por um corte profundo no pescoço, que causou hemorragia fatal.
Os laudos que indicarão se os vestígios de sangue encontrados no carro e na casa de Maicol pertencem a Vitória devem ser entregues na próxima segunda-feira (18). O advogado de defesa do suspeito afirmou que seu cliente se declara inocente e que as provas apresentadas até o momento são superficiais.
Outros dois homens, o ex-namorado de Vitória e um amigo dele, chegaram a ter a prisão pedida pela polícia, mas a solicitação foi negada pela Justiça. Embora ainda sejam formalmente investigados, as suspeitas contra eles perderam força.