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Olimpíada

COB define os porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura da Olimpíada de Paris

O canoísta Isaquias Queiroz e a capitã do time de rugby de sete, Raquel Kochhann, foram os escolhidos

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O presidente do COB, Paulo Wanderley, ressaltou que os porta-bandeiras de um país dão início à saga dos Jogos Olímpicos e que as escolhas para Paris traduzem o espírito olímpico | Gaspar Nóbrega/COB
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As Olimpíadas de Paris estão chegando e os atletas que vão desfilar com a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, daqui a três dias, já foram definidos. O canoísta Isaquias Queiroz e a capitã do time de rugby de sete, Raquel Kochhann, foram os escolhidos.

Isaquias Queiroz, um dos principais nomes do esporte olímpico brasileiro na atualidade, é baiano e tem 30 anos. Ele foi medalha de ouro nos Jogos de Tóquio e já tinha conquistado duas pratas e um bronze no Rio, em 2016. A meta do canoísta de velocidade é subir ao pódio mais duas vezes, agora em Paris, e se tornar o maior medalhista da história do Brasil.

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Raquel Kochhann, campeã do time de rugby de sete e vencedora de um câncer, também levará a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, que será realizada em 26 de julho. A bandeira brasileira flutuará sobre as águas do rio Sena, em Paris, em uma cerimônia de abertura diferente, fora dos limites de um estádio. Em cima de um barco, Isaquias e Raquel levarão o símbolo nacional. Os dois foram anunciados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta segunda-feira (22).

Isaquias comentou sobre a escolha: "Os porta-bandeiras vão estar num barco, no Sena. Então, tem toda a referência com a canoagem, comigo, com a minha trajetória."

Isaquias é campeão em Tóquio 2020 no C1 1000m e possui duas pratas e um bronze na Rio 2016. Em Paris, vai disputar o C1 1000m e o C2 500m, podendo se tornar o maior medalhista olímpico brasileiro caso chegue à soma de seis medalhas em três Olimpíadas, ultrapassando as cinco dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt.

Para Raquel, a superação dos desafios vai muito além do que ela enfrenta em quadra. A capitã das Yaras descobriu um câncer de mama há pouco mais de dois anos, depois de já ter participado dos Jogos Olímpicos no Rio 2016 e em Tóquio 2020. Ela se afastou do esporte, fez uma mastectomia para retirada da mama e do tumor, passou por um longo tratamento oncológico, sobreviveu e decidiu voltar ao rugby em busca de sua terceira Olimpíada.

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"Devo ao esporte a recuperação do meu corpo durante esse tratamento, porque o que era pedido que eu fizesse eu fazia ao pé da letra e o resultado foi positivo", disse Raquel. "Então, isso também eu deixo de mensagem para quem passe por esse processo."

O presidente do COB, Paulo Wanderley, ressaltou que os porta-bandeiras de um país dão início à saga dos Jogos Olímpicos e que as escolhas para Paris traduzem o espírito olímpico em suas várias versões.

"São dois atletas que representam qualidade, excelência e os valores olímpicos. Isaquias Queiroz é um multimedalhista olímpico, com três medalhas em uma mesma edição dos Jogos, único atleta assim, e ainda tem uma medalha de ouro em 2021. Ele poderá agora bater mais um recorde e ser o maior medalhista do Brasil de todos os tempos. E Raquel é um símbolo total de superação. Passou por um processo muito sério, muito grave, de um câncer de mama, se afastou, se recuperou, treinou e está novamente na seleção, como capitã. Então estamos muito bem representados pelo olimpismo", avaliou Paulo Wanderley.

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O atletismo é o grande celeiro de porta-bandeiras do Brasil, com oito representantes. O basquete tem quatro. A vela e o judô vêm logo em seguida, com três cada.

Em Tóquio, o Brasil decidiu escolher um homem e uma mulher para dividirem a missão de porta-bandeiras pela primeira vez.

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