Vice-chefe da Marinha da Rússia é morto em ataque da Ucrânia, diz Moscou
Mikhail Gudkov era um dos oficiais de maior escalão russo e, segundo militares, morreu em ofensiva ucraniana com míssil fabricado pelos EUA em Kursk

SBT News
com informações da Reuters
O general Mikhail Gudkov, vice-chefe da Marinha da Rússia e ex-comandante de fuzileiros navais, foi morto em combate contra forças da Ucrânia, informaram militares russos nesta quinta-feira (3).
Gudkov era um dos oficiais mais graduados da Rússia. Ele recebeu uma honraria militar de alto nível no Kremlin pelo presidente russo Vladimir Putin em fevereiro,
De acordo com um comunicado do Ministério da Defesa da Rússia, ele foi morto na quarta-feira (2) "durante o trabalho de combate em um dos distritos fronteiriços da região de Kursk".
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Canais não oficiais do Telegram de militares russos e ucranianos informaram que Gudkov foi morto, juntamente com outros militares e oficiais, em um ataque ucraniano de mísseis a um posto de comando na região russa de Kursk.
O local faz fronteira com a Ucrânia e o míssil utilizado foi o Himars, fabricado nos Estados Unidos, segundo os canais não oficiais.
A agência de notícias Reuters não conseguiu verificar de forma independente como Gudkov, de 42 anos, morreu.
Ele era responsável pelas forças costeiras e terrestres da Marinha e foi um dos oficiais militares russos de maior escalão que foi morto desde o início da guerra em 2022.
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Pelo menos 10 outros comandantes russos graduados foram mortos em ação ou assassinados por Kiev desde o começo do conflito.
Não houve comentário imediato da Ucrânia, que acusou Gudkov e seus subordinados de cometer vários crimes de guerra, algo que Moscou negou.
Na cidade portuária de Vladivostok, no leste do país e base da Frota do Pacífico russa, pessoas deixaram flores perto de um retrato de Gudkov para homenagear um dos oficiais considerados heróis militares pela Rússia.
Oleg Kozhemyako, governador da região de Primorsky, que inclui o porto, disse em uma nota que Gudkov morreu "cumprindo seu dever como oficial" junto com outros, e expressou condolências aos parentes dos mortos.
Partes de Kursk foram tomadas pelas forças ucranianas em uma ofensiva surpresa em agosto de 2024, antes que a Rússia afirmasse no início deste ano que havia repelido o avanço da Ucrânia na região.