"Vai ser um exemplo de como enfrentar as mudanças climáticas”, diz meteorologista sobre furacão Milton
Equipes buscam por desaparecidos e ilhados e quatro pessoas já morreram na Flórida, nos Estados Unidos; fenômeno atingiu categoria 1
Autoridades norte-americanas informaram que o olho do furacão Milton já não está no estado da Flórida, que atingiu o estado na noite de quarta (09) e madrugada de quinta-feira (10). Os ventos chegaram a 205 km/h, mas perderam força. As equipes buscam por ilhados e desaparecidos e quatro mortes já foram confirmadas.
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O especialista Luiz Augusto Machado, meteorologista do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), explica que este furacão tinha uma característica peculiar: ele estava na categoria 2 no mar e, em poucas horas, chegou ao nível 5, perto de chegar no continente. Posteriormente, ele diminuiu novamente e voltou para a categoria 1, quando entrou nos Estados Unidos.
Entretanto, ele afirma que a queda na categoria não torna o fenômeno menos perigoso. Machado afirma que “havia centenas de caminhões de manutenção, ambulâncias e bombeiros aguardando, ou seja, foi um exemplo e vai ser um exemplo de como enfrentar as mudanças climáticas”.
De acordo com o meteorologista, ainda existem chances de outras tempestades esse ano. Além disso, Machado reforça um impacto das mudanças climáticas neste tipo de desastre, uma vez que os furacões, por exemplo, se alimentam das águas quentes.