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Ucrânia lança ataques a oito regiões russas; moradores enfrentam destruição e incertezas

Ataques noturnos ocorrem no meio de um esforço renovado de Moscou para desativar a infraestrutura energética do país

Ucrânia lança ataques a oito regiões russas; moradores enfrentam destruição e incertezas
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A Ucrânia lançou ataques a oito regiões russas com drones de longo alcance nas primeiras horas da manhã deste sábado (20) visando um depósito de combustível e subestações de energia na Rússia.

Os ataques noturnos, que foram confirmados pelo Ministério da Defesa russo, ocorrem no meio de um esforço renovado de Moscou para desativar a infraestrutura energética ucraniana e mergulhar os seus cidadãos na escuridão, usando as temperaturas geladas como arma de guerra.

Por enquanto, não há informações sobre mortos ou feridos. Já do lado da Ucrânia, várias cidades carregam as marcas da destruição. As ruínas causadas pelos bombardeios trazem a lembrança das vidas perdidas e de como a rotina mudou nesses dois anos de guerra.

As ruínas são o que sobrou da batalha onde centenas morreram em ambos os lados. Na Ucrânia, escolas que serviam de abrigo durante os ataques, já não funcionam. A fábrica de enlatados e embutidos só voltou a funcionar com menos da metade da capacidade, com as promessas da dona de que tudo será reconstruído.

Ela e muitos outros no país revelam estar curiosos sobre a posição do Brasil. O vice-governador do estado de Kherson é um deles. "Espero que o seu país fique ao lado dos países democráticos. Foram os russos que invadiram. Espero que vocês entendam quem são os invasores", afirma Dmitro Butri, ao lembrar dos mais de 68 mil ataques registrados na região nos últimos dois anos.

Moradores de vilas na Ucrânia se perguntam se o país vai continuar tendo condições de se defender. E o mais importante: se os russos vão tentar chegar no local de novo. Em entrevista ao SBT, Volodymyr Zelenskyy afirma que a grande dificuldade para a defesa é o clima de cansaço que tem tomado a população e as forças armadas.

O presidente ainda reforçou a necessidade urgente de mais ajuda. Fazendo uma comparação com uma partida de futebol, ele citou: "A bola, agora, está no campo do congresso dos Estados Unidos", em referência à votação por um novo pacote de ajuda. Dessa vez, a Ucrânia conseguiu um gol.

A insegurança fez com que dois terços dos três mil moradores de Posad-Pokrovsk fossem embora, entre eles, a mulher e os três filhos de Vassily. Ao SBT, ele conta que resolveu ficar para cuidar da casa dele e dos cachorros e gatos de quem se foi.

"Eu não tenho medo dos russos, que venham de novo", diz o homem que, ao contrário de muitos no país, já estava preparado para a invasão. Construiu um abrigo subterrâneo no quintal.

Vassily disse ainda que, quando construiu o abrigo, as pessoas achavam que não seria muito necessário. Mas o tempo mostrou que ele estava certo. Ele acabou passando praticamente um ano dentro no local, saindo poucas vezes, por conta dos constantes bombardeios.

Aos 60 anos, ele viu seu lugar no mundo virar ruínas, mas está certo que é aqui, neste pedaço da Ucrânia, que os russos tentaram tomar, que ele precisa ficar.

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