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Turismo em massa: Louvre fecha após funcionários entrarem em greve por invasão de turistas

Museu mais visitado do mundo enfrenta crise interna com greves e denúncias de condições de trabalho "insustentáveis"

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O museu do Louvre, símbolo global da arte, ficou fechado durante grande parte desta segunda-feira (16) após funcionários entrarem em greve contra o que chamaram de “multidões incontroláveis” em uma instituição que estaria “desmoronando por dentro”.

A paralisação foi desencadeada por atendentes de galeria, agentes de bilheteria e seguranças que se recusaram a retomar os postos de trabalho, em protesto contra a superlotação, a falta crônica de pessoal e o que o sindicato classifica como condições de trabalho “insustentáveis”.

Casos como este são raros. O museu já fechou durante guerras, pandemia e outras greves, como em 2019, quando houve paralisação devido à superlotação, e em 2013, por questões de segurança. No entanto, raramente as portas são fechadas de forma tão repentina, sem aviso prévio e diante do público.

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O museu tem se tornado um reflexo dos impactos do turismo excessivo no mundo, que já provocou a limitação na quantidade de visitantes em Veneza, na Itália, e Acrópole, em Atenas (Grécia), além de diversas manifestações em Barcelona, na Espanha, e acontece poucos meses após o presidente francês Emmanuel Macron anunciar um plano de dez anos para modernizar as instalações.

Entre os problemas apontados pelos funcionários estão vazamentos de água, variações perigosas de temperatura — que podem danificar as telas centenárias, infraestrutura obsoleta e um número de visitantes muito acima da capacidade do museu.

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No centro da polêmica está a famosa Mona Lisa, o retrato renascentista que atrai multidões. Diariamente, cerca de 20 mil pessoas lotam a Salle des États, maior sala do museu, para registrar uma selfie com a obra de Leonardo da Vinci, protegida por um vidro. O local costuma ficar barulhento e lotado, dificultando a apreciação das outras obras-primas ao redor, como as de Ticiano e Veronese.

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O plano de reforma do presidente francês, batizado de “Nova Renascença do Louvre”, inclui a criação de uma sala exclusiva para a Mona Lisa, com controle de entrada por horário. A previsão é que o novo espaço, além de uma nova entrada próxima ao rio Sena para aliviar a pressão sobre a famosa pirâmide de vidro, esteja pronto até 2031, o que, para os funcionários, está muito longe.

Segundo a instituição, o museu deve reabrir ao público normalmente na quarta-feira (18). Turistas com ingressos datados de segunda-feira poderão usá-los neste dia. Já nesta terça-feira (17), o Louvre continuará fechado.

* Com informações da Associated Press

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