Trump promete "consequências severas" à Rússia se Putin não parar a guerra na Ucrânia
Presidente dos Estados Unidos vai se encontrar com o líder russo na sexta-feira (15), para negociar o fim do conflito de mais de três anos
SBT News
com informações da Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (13) que a Rússia irá enfrentar “consequências severas” caso Vladimir Putin não concorde em encerrar a guerra na Ucrânia durante o encontro que terão na sexta-feira (15), no Alasca.
Trump não especificou quais seriam as consequências: “Não preciso dizer, mas serão consequências muito severas”, afirmou. O presidente norte-americano já havia dito anteriormente que planejava novas sanções à Rússia caso não conseguisse o acordo de paz.
O presidente também descreveu o objetivo do encontro no Alasca como uma forma de “preparar o terreno” para um rápido segundo encontro que incluiria o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. “Se o primeiro correr bem, teremos um segundo rapidamente”, disse ele.
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“Eu gostaria de fazê-lo quase imediatamente, e teremos uma segunda reunião rápida entre o presidente Putin, o presidente Zelensky e eu, se eles quiserem que eu esteja presente”, disse, sem dar prazo para o segundo encontro.
Líderes europeus e Zelensky conversaram com Trump nesta quarta, numa última ligação organizada pela Alemanha para estabelecer “linhas vermelhas” antes da reunião no Alasca.
“Tivemos uma ótima ligação. Ele estava na ligação. O presidente Zelensky estava na ligação. Eu classificaria como nota 10, muito amigável”, afirmou Trump.
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França
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que Trump concordou que a Ucrânia deve estar envolvida em qualquer discussão sobre cessão de território, enquanto Zelensky afirmou que Trump apoiou a ideia de garantias de segurança em um acordo pós-guerra.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexei Fadeev, disse mais cedo que a posição de Moscou não mudou desde o ano passado. Como condições para um cessar-fogo e o início das negociações, o líder do Kremlin exigiu que a Ucrânia retirasse suas forças de quatro regiões que a Rússia reivindica como suas, mas não controla totalmente, e renunciasse formalmente aos planos de ingressar na Otan.
Kiev rejeitou rapidamente as condições, considerando-as equivalentes a uma rendição.