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Trump cobra eleições na Ucrânia e critica Zelensky; líder ucraniano se diz pronto para novo pleito

Presidente dos EUA afirma que governo ucraniano usa guerra para adiar eleições; Zelensky diz aceitar novo processo se houver condições

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Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Casa Branca, nesta segunda (18) | Reprodução/Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta terça-feira (9) que a Ucrânia realize novas eleições presidenciais e acusou o governo de Volodymyr Zelensky de usar a guerra contra a Rússia para se manter no poder.

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Zelensky, que está no cargo desde 2019, reagiu e disse que está pronto para um novo processo eleitoral.

Em entrevista a um site norte-americano, Trump afirmou que os ucranianos “merecem escolher” seu presidente e que a guerra estaria sendo usada para adiar o pleito.

Segundo o presidente dos EUA, Zelensky poderia até vencer novamente, mas “chega a um ponto em que isso já não é mais democracia”.

Trump também acusou líderes europeus de serem “fracos” por não pressionarem Kiev a aceitar um acordo de paz.

Zelensky reage

Zelensky disse estar aberto a realizar novas eleições, mas ressaltou que o país enfrenta bombardeios constantes e que mudanças eleitorais exigem condições mínimas de segurança para a população.

O presidente ucraniano está em meio a uma intensa agenda diplomática na Europa. Em Roma, ele foi recebido com honras de Estado e se encontrou com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, além de participar de uma audiência com o Papa.

Acordo de paz

Os EUA têm pressionado para que Ucrânia e Rússia avancem em negociações. Washington enviou negociadores à Europa e a Moscou em busca de uma saída diplomática.

Apesar disso, não há sinais de consenso. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, exige manter os territórios já ocupados, enquanto Zelensky afirma que não vai ceder “um centímetro da Ucrânia”.

Após reuniões com líderes do Reino Unido, França e Alemanha em Londres, o líder ucraniano afirmou que a Ucrânia e seus parceiros europeus vão apresentar aos EUA uma versão refinada do plano de paz.

Kiev resiste ao plano apoiado por Washington no mês passado, considerado por diplomatas europeus como excessivamente favorável à Rússia.

O governo ucraniano também exige garantias de segurança concretas para evitar novos ataques caso um acordo seja firmado.

Eric Trump, um dos filhos do presidente norte-americano, chegou a sugerir publicamente que o pai deveria desistir da tentativa de intermediar o acordo, o que Donald Trump negou.

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