Sobe para 65 o número de mortos em desabamento de escola na Indonésia
Equipes de resgate continuam a procurar sobreviventes sob os escombros, uma semana após o desastre

Reuters
O número de mortos no desabamento de uma escola islâmica na Indonésia subiu para 65, informaram autoridades nesta segunda-feira (7). As equipes de resgate continuam a procurar sobreviventes sob os escombros, uma semana após o desastre ocorrido em Java Oriental.
O colapso atingiu o internato islâmico Al Khoziny, na província de Java Oriental, em 29 de setembro. Paredes e pisos de concreto desabaram sobre centenas de meninos, em sua maioria adolescentes, que estavam no prédio no momento do acidente. A maioria conseguiu escapar, mas dezenas ficaram presos sob os destroços.
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Segundo Mohammad Syafii, chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, mais corpos e partes de corpos foram localizados nos últimos dias, elevando o número de mortos confirmados para 65.
Ainda não está claro quantas pessoas permanecem desaparecidas, e as autoridades afirmam que as buscas continuarão até que “não haja mais vítimas”.
O que causou o desabamento
De acordo com as investigações preliminares, o desabamento foi provocado por obras irregulares nos andares superiores, que as fundações do edifício não suportaram.
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Imagens divulgadas pela agência de resgate mostraram trabalhadores retirando sacos de corpos laranja das ruínas.
A Indonésia possui cerca de 42 mil escolas islâmicas, conhecidas localmente como pesantren, segundo o Ministério de Assuntos Religiosos.
No entanto, apenas 50 dessas instituições têm alvará de construção, de acordo com o ministro de Obras Públicas, Dody Hanggodo, citado pela mídia local.
Ainda não há confirmação se o Al Khoziny possuía licença válida.
Relembre
Equipes de resgate seguem mobilizadas em Sidoarjo, província de Java Oriental, na Indonésia, após o desabamento de um internato islâmico. O acidente ocorreu na última segunda-feira (29), quando o prédio de quatro andares da escola Al Khoziny ruiu.
De acordo com a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), cerca de 140 pessoas estavam no local no momento do colapso. Equipes estão concentradas nas buscas e na criação de acesso ao primeiro andar do prédio para chegar às vítimas soterradas.
A operação ocorre com cautela devido à instabilidade da estrutura. "Hoje, nossa meta é resgatar uma vítima que consiga se comunicar verbalmente conosco. No entanto, para atingir essa meta, precisamos priorizar a segurança. Nosso desafio com edifícios que desabaram é a instabilidade dos materiais de construção, que podem desabar novamente sobre os sobreviventes ou até mesmo sobre as equipes de resgate", afirmou Nanang Sigit, chefe da agência em Surabaya.