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Sob pressão, Israel promete aumentar entrada de ajuda humanitária em Gaza

Tel Aviv anunciou uma série de medidas após ataque matar trabalhadores humanitários, incluindo estrangeiros; ONU aprova embargo de armas para Israel

Sob pressão, Israel promete aumentar entrada de ajuda humanitária em Gaza
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Cada vez mais isolado e recebendo críticas até mesmo de seus aliados, Israel informou nesta sexta-feira (5) que irá tomar medidas para aumentar o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, incluindo a reabertura da passagem de Erez, que faz fronteira entre o sul do país e o norte do enclave palestino, onde a ONU estima que centenas de milhares de pessoas estão à beira da fome.

O governo de Tel Aviv também afirmou que irá disponibilizar um porto para a chegada de ajuda humanitária à Gaza. Contudo, não informou quais e a quantidade de itens que serão permitidos pelas Forças israelenses.

A decisão acontece quatro dias após sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen, incluindo seis cidadãos estrangeiros, morrerem em ataques israelenses à Gaza. As vítimas estavam em veículos identificados e circulavam sozinhos em uma área sem conflitos quando foram atacados mais de uma vez.

O episódio provocou indignação internacional e foi condenado por organizações de direitos humanos e grupos de ajuda. Eles acusam Israel de matar indiscriminadamente voluntários, trabalhadores humanitários, jornalistas e civis em Gaza. O fundador da World Central Kitchen, o renomado chef José Andrés, afirmou que o grupo foi "atacado sistematicamente". Israel alega ter "alvejado erroneamente" os voluntários e demitiu dois comandantes do seu exército.

As medidas anunciadas hoje foram bem recebidas pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Ele disse, porém, que os resultados só poderão ser vistos nos próximos dias e semanas, e que é preciso mais.

Segundo Blinken, os Estados Unidos querem ver um “melhor sistema de resolução de conflitos e coordenação” para que a ajuda possa ser entregue e distribuída com segurança dentro de Gaza.

+ Ataques a hospitais, civis e tortura: o que são crimes de guerra?

ONU pede embargo de armas para Israel

Diante do alto número de casualidades na guerra em Gaza - ao menos 33 mil palestinos mortos -- o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta (5) uma resolução que pede que governos estrangeiros cessem "a venda, transferência e desvio de armas, munições e outro equipamento militar para Israel"

Apresentada pelo Paquistão, a resolução recebeu apoio do Brasil, China, África do Sul, entre outros, e foi aprovada por 28 votos a favor, seis contra e 13 abstenções.

O documento condena ainda o uso de armas explosivas com efeitos de grande extensão por parte de Israel em áreas povoadas de Gaza, sublinhando os “efeitos reverberantes de tais armas em hospitais, escolas, água, electricidade e abrigos, que estão afetando milhões de palestinianos”.

+ Conselho de Segurança da ONU aprova pela 1ª vez cessar-fogo em Gaza

Ao contrário do Conselho de Segurança da ONU, as resoluções do Conselho de Direitos Humanos não são juridicamente vinculativas para os Estados, mas têm um peso moral significativo e, neste caso, pretendem aumentar a pressão diplomática sobre Israel, bem como influenciar potencialmente as decisões políticas nacionais.

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