PF mira quadrilha suspeita de transportar drogas em pesqueiros para Europa e África
Operação é realizada nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina
Iris Tavares
Uma organização criminosa suspeita de atuar “na logística de transporte de grandes carregamentos de drogas em embarcações pesqueiras” é alvo de uma operação realizada pela Polícia Federal nesta terça-feira (2).
Segundo as investigações, aproximadamente, 4,6 toneladas de cocaína seriam contrabandeados para a Europa por meio dos pesqueiros. Ainda de acordo com os agentes, o continente africano também receberia carregamentos de drogas.
Nesta terça, policiais federais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, além do sequestro de imóveis, veículos, embarcações e bloqueios de contas bancárias de pessoas físicas e pessoas jurídicas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro. A investigação conta com o apoio da Receita Federal e da Marinha do Brasil.
— As investigações da Operação Narcopesca tiveram início em decorrência de informações recebidas após a deflagração da Operação Hinterland, ocorrida em 31 março de 2023, voltada à repressão do tráfico transnacional de drogas, por meio marítimo, da América do Sul para a Europa — diz a Polícia Federal em nota.
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A primeira fase da ação aconteceu em março de 2023. Na época, policiais federais e servidores da Receita Federal cumpriram 17 mandados de prisão preventiva, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Amazonas, Rondônia e na cidade de Assunção, no Paraguai.
Em fevereiro deste ano, um dos investigados tentou colocar 21 quilos de cocaína no casco de um navio que partiria do Porto de Rio Grande com destino a Portugal.
Segundo a Polícia Federal, além de aproximadamente, 4,6 toneladas de cocaína que iriam para Europa, cerca de três toneladas de haxixe viriam para o Brasil por meio de pesqueiros.
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Os investigados podem responder pelos crimes tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, estarão sujeitos a uma pena de até 33 anos de prisão.