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Sistema de distribuição de gás da Argentina entra em estado de emergência

Mais de 300 indústrias tiveram o fornecimento cortado; prioridade é atender casas, hospitais e o comércio

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O sistema de distribuição de gás da Argentina entrou em estado de emergência na noite de terça-feira (28).

Em quase todos os postos do país, o cenário é este: bombas de gás interditadas para qualquer serviço que não seja essencial, o que preocupa muitos taxistas.

Mais de 300 indústrias tiveram o fornecimento cortado, já que a prioridade é atender casas, hospitais e o comércio.

De acordo com o governo argentino, um navio de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Petrobras foi encomendado para ajudar a normalizar o abastecimento, mas que, na última sexta-feira, a petroleira se recusou a receber uma carta de crédito argentina. A negociação foi concluída apenas na manhã desta quarta, quando o gás começou a ser entregue.

A Petrobras não confirma, nem nega a versão veiculada na imprensa argentina de que tenha exigido pagamento em dólares.

Segundo o governo, o outono mais frio em quatro décadas é o principal responsável pela situação, mas a oposição acusa falta de planejamento e também critica os cortes de investimentos, que poderiam ter evitado a crise.

A propaganda de antes do governo Milei assumir anunciava os benefícios de um novo gasoduto. Sindicatos dizem que se o atual governo não tivesse cortado 40 milhões de dólares da obra, a capacidade teria sido duplicada. A Casa Rosada reclama de atraso em obras no governo anterior, mas não comenta a retirada de verba do gasoduto.

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