Sete cardeais brasileiros devem participar de conclave para escolha do próximo Papa
Só podem participar do rito cardeais com menos de 80 anos
SBT News
O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. Até que seja conhecido o nome do futuro papa, a direção da Santa Sé fica sob a responsabilidade do Colégio Cardinalício, composto atualmente por 252 cardeais. Desses, 135 participarão do conclave que escolhe o novo líder da igreja. Os outros 117, com 80 anos ou mais, são considerados cardeais não eleitores e, portanto, não participam da reunião.

Sete cardeais brasileiros estão na lista do Vaticano para participar do Conclave:
- Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador;
- Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre;
- Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo;
- Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro;
- Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília;
- João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília;
- Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus.
O conclave para a eleição do novo papa deve acontecer de 15 a 20 dias, não mais que isso, após a vacância da Sé Apostólica. No dia escolhido para o conclave, os cardeais eleitores celebram missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e depois vão em procissão até a Capela Sistina, entoando a monofônica Ladainha dos Santos. Sob a obra do Juízo Final de Michelangelo, eles fazem o juramento de segredo absoluto durante e depois do conclave.
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Feito o juramento final, o mestre de cerimônias litúrgicas dá a ordem “Extra omnes” (todos fora), momento em que os cardeais não eleitores deixam a capela, com exceção de um, que permanece e lê uma meditação sobre as qualidades que um papa deve ter e os desafios que a Igreja enfrenta. Somente então ele e o mestre de cerimônias deixam os cardeais para começar a votar.
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O cardeal camerlengo, responsável por tocar a Cúria Romana – instituições administrativas da Santa Sé – depois da morte ou renúncia do papa, é quem fica encarregado de que a eleição aconteça. O único método atualmente válido é o voto individual e secreto dos cardeais.
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O papa só é eleito com uma maioria de dois terços dos votos. No Dia 1, apenas uma rodada de votação é realizada; depois disso, os cardeais votam duas vezes pela manhã e duas à tarde, até obterem um vencedor.
Se depois de 24 votações os cardeais não chegarem a um acordo, eles podem decidir por maioria absoluta como proceder. O papa pode, então, ser eleito por maioria simples.
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Após cada eleição, as cédulas são queimadas e sua fumaça enviada para fora da chaminé da Capela Sistina. Segundo a tradição, a fumaça preta indica que o papa não foi eleito, enquanto a fumaça branca simboliza que o novo chefe da igreja católica foi escolhido.
O rito costuma ser acompanhado por centenas de milhares de fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, e outros milhões pela televisão.