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'Se a Europa quiser guerra, estamos prontos', diz Putin

Presidente da Rússia afirma que não busca confronto, mas alerta que responderá caso a Europa decida iniciar um conflito

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Presidente russo Vladimir Putin em Moscou | Alexander Nemenov/Pool via Reuters
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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na terça-feira (2) que a Rússia não deseja uma guerra com as nações europeias, mas alertou que, se a Europa quiser "lutar contra nós" e iniciar um conflito, o Kremlin está "pronto".

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“Não vamos entrar em guerra com a Europa — já disse isso cem vezes — mas se a Europa de repente quiser lutar conosco e começar a guerra, estamos prontos agora mesmo”, disse Putin a repórteres em resposta a uma pergunta sobre as falas da mídia russa de que o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, havia alertado que a Europa estava preparando uma guerra contra a Rússia. “Não há dúvidas sobre isso.”

A Ucrânia e as potências europeias têm repetido que, se Putin vencer a guerra da Ucrânia, o próximo passo pode ser contra um membro da Otan. Putin descartou essa possibilidade, classificando a alegação como absurda.

Ele também sugeriu que a guerra na Ucrânia não era uma guerra total e que a Rússia estava agindo de forma "cirúrgica", o que não se repetiria em um confronto direto com as potências europeias.

"Se a Europa de repente quiser lutar conosco e começar, estamos prontos agora mesmo", disse Putin.

O chefe do Kremlin acusou as potências europeias de dificultar as tentativas do presidente dos EUA, Donald Trump, de acabar com a guerra na Ucrânia, apresentando propostas que sabiam que seriam "absolutamente inaceitáveis" para Moscou, para que pudessem então acusar a Rússia de não querer a paz. "Elas estão do lado da guerra", disse Putin.

Nesta terça-feira (2), o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, se reuniu com Putin em Moscou. O encontro teve como objetivo avançar em um novo acordo para pôr fim ao conflito na Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022.

As negociações são baseadas em uma proposta de paz feita por Washington. O texto original elencava 28 pontos, sendo majoritariamente favorável às demandas russas. Esse número caiu para 19 após negociações entre autoridades norte-americanas e ucranianas, com exigências mais equilibradas.

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