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Enviado especial dos EUA viaja à Rússia para conversar com Putin sobre guerra na Ucrânia

Negociações são baseadas em proposta de paz feita por Washington; ucranianos também participam de debates

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Steve Witkoff e Vladimir Putin em abril de 2025 | Divulgação/Kremlin
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O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, se encontra nesta terça-feira (2) com o presidente russo Vladimir Putin, em Moscou. O objetivo é tentar concluir um novo acordo para acabar com a guerra na Ucrânia — iniciada em fevereiro de 2022.

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As negociações são baseadas em uma proposta de paz feita por Washington. O texto original elencava 28 pontos, sendo majoritariamente favorável às demandas russas. Esse número caiu para 19 após negociações entre autoridades norte-americanas e ucranianas, com exigências mais equilibradas.

Uma das mudanças prevê um limite maior para as forças de Kiev, subindo de 600 mil para 800 mil. O país também poderia, no futuro, aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o que antes era vetado. No caso das áreas ucranianas ocupadas pelos russos, haveria negociação a partir da linha de frente, retirando o direito de Moscou pelas regiões, como proposto no texto original.

No domingo (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que as negociações com a Rússia estavam “indo bem”. A declaração foi feita logo após o secretário de Estado, Marco Rubio, expressar otimismo quanto ao andamento dos diálogos. “Queremos impedir que pessoas sejam mortas. Não tem muito a ver conosco. Mas eu gostaria de ver se poderíamos salvar muitas vidas”, disse Trump.

Avanço das tropas russas

O encontro de Witkoff e Putin ocorre em meio ao rápido avanço das tropas russas na Ucrânia. Nesta semana, Putin anunciou a conquista das cidades de Pokrovsk e Vovchansk, na linha de frente. No caso de Pokrovsk, o município estava há mais de um ano na mira das tropas russas, que tentam o controle total da região de Donetsk.

O leste ucraniano, mais precisamente as regiões de Luhansk e Donetsk, é reivindicado há anos por Putin, que alega que as regiões separatistas buscam independência de Kiev ou anexação à Rússia. Com a conquista de Pokrovsk, Moscou expande a incorporação das terras internacionalmente reconhecidas como ucranianas. Ao todo, as tropas já controlam mais de 19% do país.

O avanço no leste do território ucraniano faz Putin chegar perto de um dos seus objetivos de guerra: a conquista da bacia de Donbass. Formada pelas regiões de Luhansk e Donetsk, a área, de aproximadamente 45 mil km², semelhante ao tamanho do estado do Rio de Janeiro (43.750 km²), abriga grandes reservas de carvão e ferro, além de um porto estratégico, o que a torna economicamente valiosa para Moscou.

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