Rússia mobiliza resgate de alpinista presa a 7 mil metros em montanha no Quirguistão
Natalia Nagovitsyna quebrou a perna durante descida e aguarda resgate há duas semanas; drone a localizou viva sete dias após acidente

Giovanna Colossi
O Comitê de Investigação da Rússia ordenou nesta quarta-feira (27) que sua equipe coordene com urgência o resgate da alpinista Natalia Nagovitsyna, de 48 anos, presa há duas semanas a cerca de 7 mil metros de altitude no Pico da Vitória, a montanha mais alta da cordilheira Tian Shan, no Quirguistão.
Nagovitsyna quebrou a perna durante a descida em 12 de agosto e foi deixada para trás por membros da equipe de escalada. Diversas tentativas de resgate fracassaram: um helicóptero caiu durante uma operação e um alpinista italiano morreu tentando ajudá-la.
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O presidente do Comitê de Investigação da Rússia, Alexander Ivanovich Bastrykin, instruiu a administração central a contatar o Ministério de Situações de Emergência da Rússia, após receber o apelo do filho de Nagovitsyna, Mikhail, publicado na segunda-feira (25) na rede social russa VK.
Em vídeo divulgado por Mikhail, é possível ver a alpinista acenando. Ele afirmou acreditar que sua mãe ainda esteja viva e alertou que as condições climáticas favoráveis para o resgate devem durar apenas mais 48 horas.
Autoridades quirguizes, contudo, declararam também nesta quarta-feira que um levantamento feito por drones com imagens térmicas na área onde Nagovitsyna estaria não mostrou sinais de vida. A informação é da CBS News.
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Na segunda, o país havia paralisado as buscas devido ao mau tempo e questões de segurança. Especialistas quirguizes já expressavam ceticismo sobre a sobrevivência da alpinista, considerando que seus suprimentos de comida, água e combustível estariam se esgotando e que as temperaturas na região chegam a -20°C.
Segundo a imprensa russa, o marido de Natalia, Sergei, morreu em 2021 após sofrer um derrame enquanto escalava o Khan Tengri, o segundo pico mais alto da Ásia Central.