Rússia coloca premiê da Estônia em lista de procurados por remoção de monumentos soviéticos
Decisão acontece pouco tempo após país divulgar um relatório sobre o balanço da invasão russa na Ucrânia

Camila Stucaluc
As autoridades russas incluíram a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, na lista de pessoas procuradas do país. Segundo o Kremlin, a política é acusada de destruir ou danificar monumentos soviéticos em memória dos soldados soviéticos. O secretário de Estado da Estônia, Taimar Peterkop, também foi incluído na lista.
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A Estônia, que já foi parte da União Soviética, aderiu à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em 2004. Com isso, o país vem apoiando a Ucrânia na guerra contra a Rússia, iniciada em fevereiro de 2022, e determinou a remoção de todos os monumentos soviéticos do país dos espaços públicos.
Pelas redes sociais, Kallas comentou sobre a decisão russa, dizendo que não estava surpresa. "O movimento da Rússia não surpreende. Esta é mais uma prova de que estou fazendo a coisa certa. O Kremlin espera que essa medida ajude a silenciar a mim e aos outros, mas não vai. Pelo contrário. Continuarei a apoiar firmemente a Ucrânia", disse.
O anúncio russo aconteceu poucas horas após o Serviço de Inteligência Externa da Estônia divulgar um balanço da invasão russa na Ucrânia. O documento apontou que Moscou está se preparando para ampliar o conflito, entrando num possível confronto militar com o Ocidente. A principal motivação seria a expansão da Otan nos países que fazem fronteira com o território russo.