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Roubo no Louvre: prejuízo é estimado em R$ 550 milhões, diz promotora

Ladrões mascarados invadiram o museu parisiense no último final de semana e roubaram oito joias da coroa francesa

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Museu do Louvre, em Paris, na França | Divulgação
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O valor do roubo do Museu do Louvre, em Paris, é estimado no equivalente a R$ 550 milhões, informou nesta terça-feira (21) a promotora Laure Beccuau. No domingo (19), ladrões mascarados invadiram o local e roubaram oito joias da coroa francesa.

Em entrevista à rádo RTL, Laure afirmou que, apesar do alto valor, a maior perda seria para o patrimônio histórico da França, caso os ladrões tivessem "a péssima ideia de derreter essas joias", o que especialistas apontam como uma grande possibilidade.

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Segundo Chris Marinello, diretor executivo da Art Recovery International e um dos maiores especialistas do mundo na recuperação de obras de arte roubadas, saqueadas e desaparecidas, os criminosos não devem manter as joias intactas, uma vez que seria difícil vendê-las em seu estado original.

Os bandidos "não vão mantê-las intactas, vão quebrá-las, derreter o metal valioso, cortar as pedras preciosas e esconder as provas do crime", afirmou Marinello à rede de notícias BBC. A polícia francesa "sabe que, se não prender os ladrões nas próximas 24 a 48 horas, é provável que essas peças já tenham desaparecido", acrescentou.

Falhas na segurança

Dezenas de investigadores ainda procuram pelos culpados. Até o momento, sabe-se que quatro pessoas participaram do crime. O envolvimento do crime organizado não está descartado. O roubo é o mais recente em museus franceses nos últimos meses e deixou as autoridades pressionadas para aumentar as medidas de proteção.

Um relatório preliminar do Tribunal de Contas da França já alertava para falhas na segurança do Louvre. O documento completo deverá ser publicado no início de novembro, segundo a rádio Franceinfo, mas veículos franceses tiveram acesso parcial ao conteúdo.

De acordo com o documento, 30% da ala Denon, onde está Monalisa e onde aconteceu o roubo, não têm câmeras de segurança. Esse percentual é ainda maior em outras alas do museu.

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Na ala Sully, onde estão algumas das obras mais antigas do Louvre, incluindo a Vênus de Milo, 40% das salas não contam com câmeras. Na ala Richelieu, esse percentual é de cerca de 75%.

Em cinco anos, apenas 138 câmeras adicionais foram instaladas no Louvre. Segundo o relatório, apesar do orçamento operacional anual de 323 milhões de euros (R$ 2 bilhões) do museu, "os valores comprometidos são pequenos em comparação com as necessidades estimadas".

Nos últimos 15 anos, o Louvre também perdeu 200 agentes de segurança. Ao mesmo tempo, o número de visitantes aumentou em 50% no mesmo período. Este fato foi um dos motivos de uma greve de funcionários do museu que ocorreu em junho deste ano.

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