Relógio de ouro dado ao capitão que resgatou sobreviventes do Titanic é vendido por R$ 11 milhões
Objeto bateu recorde de valor mais alto pago por um item relacionado ao transatlântico
Um relógio de bolso de ouro dado ao capitão do navio que resgatou sobreviventes do Titanic foi vendido em um leilão da Henry Aldridge and Son Ltd, no fim de semana, por quase US$ 2 milhões – cerca de R$ 11 milhões. O montante, segundo a organização, foi o valor mais alto pago por um objetivo relacionado ao Titanic.
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Da marca Tiffany & Co., o relógio de 18 quilates foi dado ao Capitão Arthur Rostron por três mulheres sobreviventes do naufrágio do Titanic. No comando do RMS Carpathia, Rostron atendeu a um pedido de socorro e desviou o curso do navio para salvar os passageiros que caíram no oceano após o transatlântico atingir um iceberg e afundar.
Como estava longe do local da tragédia, o Carpathia chegou uma hora e meia depois do naufrágio. A tripulação conseguiu localizar os 20 botes salva-vidas e resgatou mais de 700 passageiros, levando-os para Nova York (EUA) – destino final do Titanic.
Pela bravura em percorrer o oceano em alta velocidade se esquivando de inúmeros icebergs pelo caminho – alguns com até 61 metros de altura –, Rostron recebeu a Medalha de Ouro do Congresso dos Estados Unidos do presidente William Howard Taft. Mais tarde, ele foi nomeado cavaleiro pelo rei George V da Inglaterra.
"[O relógio] foi apresentado principalmente em gratidão pela bravura de Rostron em salvar aquelas vidas. Sem o Sr. Rostron, aquelas 700 pessoas não teriam sobrevivido”, disse a casa de leilões. Entre as mulheres que deram o presente ao capitão está a viúva de John Jacob Astor, o homem mais rico do navio que morreu no naufrágio.
Tragédia do Titanic
O famoso RMS Titanic começou a ser construído em 1909, sendo projetado para ser o navio mais luxuoso e seguro da época. A embarcação, contudo, naufragou na madrugada de 15 de abril de 1912, três dias após partir na viagem inaugural. A tragédia aconteceu após o navio colidir com um iceberg, que abriu partes do casco da embarcação.
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Como possuía botes salva-vidas apenas para metade dos passageiros, o acidente resultou na morte de 1,5 mil pessoas, que caíram na água quase congelada. Especialistas afirmam que algumas das pessoas morreram quase instantaneamente de infarto agudo causado pelo estresse do naufrágio, enquanto outros vieram a óbito por hipotermia. Ao todo, mais de 1,1 mil corpos nunca foram encontrados.