Relógio de ouro do homem mais rico do Titanic é vendido por R$ 5,7 milhões
Relíquia pertenceu ao empresário norte-americano John Jacob Astor, que morreu no naufrágio do navio na madrugada de 15 de abril de 1912
Um relógio de ouro de 14 quilates, uma relíquia que pertenceu ao empresário norte-americano John Jacob Astor, o passageiro mais rico do Titanic, foi leiloado neste sábado (27), por 900 mil libras esterlinas (R$ 5,7 milhões), segundo a BBC. De acordo com a casa Henry Aldridge and Son Ltd., organizadora do evento, os lances começaram em 60 mil libras.
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Além de ser o passageiro mais rico a bordo do Titanic, John Jacob Astor foi considerado uma das pessoas mais ricas do mundo, com patrimônio líquido de US$ 87 milhões na época. Ele estava no transatlântico com a recém-esposa, com quem fazia uma viagem pela Europa, e morreu no naufrágio. O relógio foi encontrado no bolso de seu casaco.
Inicialmente, o item ficou com Vincent, o filho de Astor. Anos depois, ele foi dado ao secretário executivo do pai, William Dobbyn, como um presente e símbolo de gratidão e respeito pelo apoio contínuo à família. Após restaurações, o relógio foi posto a leilão.
“Simplesmente o relógio Titanic mais importante que existe. O relógio de ouro do coronel J.J Astor que viajou com ele no Titanic. Este excepcional pedaço de história será vendido neste sábado”, disse a Henry Aldridge and Son Ltd.
A Henry Aldridge and Son Ltd é responsável por diversos leilões de itens do Titanic. Em novembro do ano passado, por exemplo, a casa vendeu um menu raro do restaurante da primeira classe por 85 mil libras – mais de R$ 500 mil. O projeto do transatlântico usado durante o inquérito sobre o naufrágio foi leiloado pouco tempo antes.
Tragédia do Titanic
O famoso RMS Titanic começou a ser construído em 1909, sendo projetado para ser o navio mais luxuoso e seguro da época. A embarcação, contudo, naufragou na madrugada de 15 de abril de 1912, três dias após partir na viagem inaugural. A tragédia aconteceu após o navio colidir com um iceberg, que abriu partes do casco da embarcação.
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Como possuía botes salva-vidas apenas para metade dos passageiros, o acidente resultou na morte de 1,5 mil pessoas, que caíram na água quase congelada. Especialistas afirmam que algumas das pessoas morreram quase instantaneamente de infarto agudo causado pelo estresse do naufrágio, enquanto outros vieram a óbito por hipotermia. Ao todo, mais de 1,1 mil corpos nunca foram encontrados.