Ramadã começa sem sinais de trégua entre Israel e Hamas
Primeiro dia do mês sagrado para os muçulmanos teve início com mais mortes causadas por bombas e pela fome
O Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos, começou nesta segunda-feira (11), sem sinais de trégua entre Israel e o Hamas.
"A paz esteja com vocês", disse o Grande Mufti, maior autoridade islâmica em Jerusalém, mas nem todos puderam visitar a Al Aqsa, terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos. Muitos foram impedidos pela polícia israelense.
Pior ainda pra quem está em Gaza, onde o Ramadã começou com mais mortos, pelas bombas e pela fome. Pelo menos 12 crianças não resistiram.
Problemas de logística impediram a saída de um navio, ancorado no Chipre, com 200 toneladas de alimentos.
A situação humanitária em Gaza é tão calamitosa que provocou uma reação até na sociedade israelense. Nesta segunda, 12 organizações de direitos humanos do país divulgaram uma carta aberta em que pressionam o governo de Israel por um cessar-fogo imediato, por um acordo pra libertação dos mais de 100 reféns ainda em poder do Hamas e pelo cumprimento das medidas impostas pela Corte Internacional de Justiça: facilitação da entrada de ajuda humanitária e proteção dos civis palestinos.
O Hamas acusa Israel de não querer cessar-fogo permanente. Israel acusa o Hamas de protelar negociações pra inflar o mundo islâmico durante o Ramadã.
