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Queda de helicóptero que matou presidente iraniano ocorreu devido ao mau tempo, diz relatório

Espessa massa de neblina fez com que aeronave caísse na montanha

Queda de helicóptero que matou presidente iraniano ocorreu devido ao mau tempo, diz relatório
Presidente do Ebrahim Raisi morreu em uma queda de helicóptero | Wikimedia Commons
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O acidente de helicóptero que matou o presidente iraniano Ebrahim Raisi foi causado pelo mau tempo. É o que revela o relatório final da investigação, divulgado no domingo (1º), que concluiu que uma espessa massa de neblina fez com que a aeronave caísse na montanha. Isso elimina a suspeita de crime ou ataque, como apontado no relatório preliminar.

“As condições climáticas complicadas na região foram o principal motivo da queda do helicóptero”, concluiu o relatório final, de acordo com a TV estatal do Irã.

Raisi viajava de helicóptero na província do Azerbaijão Oriental no dia 19 de maio. A queda ocorreu por volta das 13h (horário local), em uma região de difícil acesso, com montanhas, florestas e intensa neblina. As operações de busca levaram à localização da aeronave e do local do acidente, confirmando a morte do presidente iraniano.

Além de Raisi, o helicóptero transportava o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, o governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati, o líder religioso Hojjatoleslam Al Hashem e o major-general Seyed Mehdi Mousavi, chefe da equipe de segurança. Um piloto, um copiloto e um técnico também estavam a bordo.

Líderes e autoridades mundiais lamentaram a morte de Raisi. Entre eles estão o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente dos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Grupos extremistas financiados pelo Irã também se pronunciaram, como o Hamas e o Hezbollah.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou cinco dias de luto oficial pela morte de Raisi. O mesmo foi feito pelos governos do Líbano e do Paquistão, que emitiram, respectivamente, três dias e um dia de luto nacional pela perda do político. O funeral durou três dias.

Governo de Ebrahim Raisi

Ebrahim Raisi, de 63 anos, estava no comando do país desde 2021. Dono de uma política ultraconservadora, ele sucedeu o moderado Hassan Rouhani – que o havia derrotado nas eleições presidenciais de 2017 –, com uma campanha de combate à corrupção, promoção da justiça social e resistência às sanções dos Estados Unidos.

Raisi vinha enfrentando um governo conturbado desde 2022 devido à morte de Mahsa Amini, que foi presa por usar o hijab – véu obrigatório no país – incorretamente, isto é, deixando partes do cabelo à mostra. A jovem morreu três dias após ser detida, por possível espancamento, o que gerou uma onda violenta de protestos por todo o país.

Cartaz com o rosto de Mahsa Amini, morta sob custódia da polícia moral do país | Reprodução
Cartaz com o rosto de Mahsa Amini, morta sob custódia da polícia moral do país | Reprodução

Na ocasião, Raisi afirmou que o Irã deveria "lidar de forma decisiva" com aqueles que se opunham à segurança e tranquilidade do país. Ao todo, mais de 500 manifestantes foram mortos durante os protestos, enquanto outros milhares foram presos. Ao menos dois jovens foram executados pelo governo por participar dos atos.

Com a morte de Raisi, o país antecipou as eleições de 2025 para 28 de julho. Masoud Pezeshkian venceu o pleito no segundo turno, após uma disputa acirrada com o ultraconservador Saeed Jalili. Ele tomou posse dia 30 de julho.

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