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Putin atualiza doutrina russa e autoriza resposta nuclear a ataques

País poderá utilizar ogivas em retaliação a agressões de Estados apoiados por potências nucleares

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Presidente da Rússia, Vladimir Putin | Kristina Kormilitsyna (”Rossiya Segodnya“)
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou, na terça-feira (19), a atualização da doutrina nuclear do país. Conhecida como Princípios Básicos da Política de Estado sobre Dissuasão Nuclear, o documento estabelece novos critérios e reduz o limite para o uso potencial de armas nucleares em caso de agressão armada.

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Segundo o texto, Moscou fica autorizado a usar armas nucleares em caso de um ataque nuclear por um inimigo ou ataque que ameace a existência do país. O mesmo será permitido se houver a agressão de qualquer Estado não nuclear, mas que tenha o envolvimento ou apoio de potências nucleares.

Com isso, a nova doutrina destaca a existência de “meios prontos para o combate, capazes de infligir danos irreparáveis ​​a um adversário em potencial em qualquer situação por meio do uso seguro de armas nucleares”. O texto ressalta, contudo, que o princípio central é que as armas nucleares sejam o último recurso para salvaguardar a soberania do país.

"A atualização da doutrina nuclear foi necessária para alinhar o documento com a situação política atual", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à estatal Tass, referindo-se à potencial escalada da guerra na Ucrânia.

Isso porque, nesta semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance para atacar alvos dentro do território russo. Em declarações anteriores, Putin já havia dito que a decisão poderia mudar a essência e a natureza da guerra na Ucrânia, já que consideraria o envolvimento direto dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na guerra.

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