Pré-candidato à presidência da Colômbia passa por cirurgia de emergência nesta segunda-feira (16)
Miguel Uribe Turbay apresentou agravamento no quadro neurológico; político foi baleado em ato de campanha

Giovanna Tuneli
O pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe Turbay foi levado, na manhã desta segunda-feira (16), para uma cirurgia de emergência, após a equipe médica identificar um sangramento intracerebral agudo. A informação foi confirmada pela Fundação Santa Fé de Bogotá, hospital onde ele está internado desde o atentado que sofreu, na última semana.
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Segundo o comunicado oficial, o procedimento é uma intervenção neurocirúrgica de urgência indicada com base em evidências clínicas e exames de imagem que apontaram piora no quadro do paciente. Uribe foi levado pouco antes das 9h, no horário local, para a sala de cirurgia.
O político foi baleado en um ato de campanha e chegou a apresentar uma leve melhora neurológica, conforme boletim médico divulgado no sábado (14). No entanto, o estado de saúde voltou a se agravar, levando a nova avaliação da equipe médica e à decisão pela cirurgia.
Ele é um dos nomes cotados para a sucessão presidencial na Colômbia e tem ganhado visibilidade com discursos de combate ao narcotráfico e defesa da segurança pública. A família dele acompanha o caso de perto e pediu que os comunicados oficiais sobre o estado de saúde continuem sendo feitos pelo hospital.
Ataque a tiros
Miguel Uribe Turbay, do partido de direita Centro Democrático, participava de um ato de campanha em uma praça em Bogotá, quando foi baleado pelas costas no sábado (7).
O principal suspeito de ser o autor dos disparos é um adolescente, que foi apreendido. Câmeras de segurança da região flagraram a tentativa de fuga do jovem, que atirou contra a equipe que escoltava o pré-candidato à presidência.
Nas redes sociais, foram compartilhadas imagens que mostram um dos homens do grupo de Uribe segurando a arma que seria do autor, segundo informou o jornal El Tiempo. No vídeo, o adolescente diZ aos seguranças que "vai dar os números" ao ser questionado sobre quem seria o suposto mandante dos disparos.
O governo colombiano, liderado por Gustavo Petro, repudiou o ataque, classificando-o como um ato de violência contra "a integridade pessoal do senador, mas também contra a democracia, a liberdade de pensamento e o exercício legítimo da política na Colômbia". Em nota, pediu uma investigação "rigorosa" para identificar e processar os responsáveis.
O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, declarou que determinou o uso total dos recursos das Forças Armadas, Polícia e órgãos de inteligência para apurar o caso. O governo também ofereceu recompensa por informações que levem aos envolvidos no crime.