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Portuguesa é condenada por racismo contra os filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

Adélia Barros foi condenada a oito meses de prisão e a pagar uma indenização aos filhos do casal de atores. O caso aconteceu em 2022

Portuguesa é condenada por racismo contra os filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso
Na foto (da esquerda para direita): Bruno Gagliasso, Bless, Zayn, Titi e Giovanna Ewbank | Reprodução do Instagram
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Após dois anos, o Ministério Público de Portugal condenou Adélia Barros, de 59 anos, a oito meses de prisão pelo episódio de racismo contra Bless e Titi, na época com 7 e 9 anos respectivamente. Eles são filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, e estavam com os pais em um restaurante na Costa da Caparica, em Portugal.

Adélia Barros vai cumprir a pena em liberdade, desde que não cometa o mesmo crime pelos próximos quatro anos. Segundo o jornal português Público, a agressora deve pagar indenização às crianças, no valor de R$86,5 mil (14 mil euros), além de uma multa de cerca de R$15 mil reais (2500 euros) para a associação SOS Racismo. A ingestão de bebida em excesso foi a justificativa usada pela defesa da mulher e, por isso, a internação para o tratamento de alcoolismo fará parte da pena.

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Atualmente, Titi tem 11 anos e Bless, 9. Na época, eles estavam em uma viagem em família durante o verão europeu quando uma mulher branca, que passava na frente do restaurante, xingou as crianças e ofendeu uma família de turistas angolanos que estavam no local.

Vídeos mostram que a atriz brasileira reagiu imediatamente e começou a discutir com a mulher. A polícia foi chamada e o casal prestou queixa contra Adélia em uma delegacia portuguesa. Barros ainda foi detida, na ocasião, por cometer injúrias contra os policiais da Guarda Nacional Republicana, mas liberada pouco depois.

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O casal usou o Instagram para comemorar a condenação: ''MAIS UMA VEZ estamos emocionados, MAIS UMA VEZ agradecemos a comoção pública e a imprensa brasileira e de nossos amigos portugueses. E MAIS UMA VEZ devemos dizer que precisamos seguir vigilantes pois o racismo SEGUE, segue diminuindo, ferindo, matando. E não podemos esmorecer diante dele.'' (confira a íntegra do texto abaixo)

Em agosto deste ano, um outro caso de racismo contra Titi foi julgado. A socialite e influencer Dayane Alcântara (Day McCarthy) foi sentenciada a 8 anos e 9 meses de prisão, a maior maior pena da Justiça brasileira pelo crime de racismo. Além de racismo, Day McCarthy também acusou o casal de lavar dinheiro e burlar impostos. Ela também chegou a dizer que a atriz é associada ao tráfico de drogas. O caso aconteceu em 2017.

Leia na íntegra o post do casal de atores sobre a condenação:

‘’Há quase três meses a gente celebrava uma vitória contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para que lembremos da herança escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal.

Assim como já dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude.

Como todos sabem, no dia 30 de julho de 2022 nossos filhos e uma família de turistas angolanos foram vítimas de racismo quando estávamos de férias da Costa da Caparica. Sim, o racismo não dá férias, mas hoje parece dar uma trégua com mais uma condenação histórica.

Esta é a primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequência do racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que são crianças – foi condenada a oito meses de prisão. Logo, estamos muito confiantes na Justiça Portuguesa e somos também gratos aos nossos advogados portugueses Rui Patrício e Catarina Mourão que sempre nos fizeram acreditar que a justiça seria feita.

MAIS UMA VEZ estamos emocionados, MAIS UMA VEZ agradecemos a comoção pública e a imprensa brasileira e de nossos amigos portugueses. E MAIS UMA VEZ devemos dizer que precisamos seguir vigilantes pois o racismo SEGUE, segue diminuindo, ferindo, matando. E não podemos esmorecer diante dele.

Giovanna e Bruno’’

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