Polícia entra na Universidade Columbia após manifestantes pró-Palestina ocuparem prédio
Mais de mil manifestantes foram presos nas últimas duas semanas em diversos estados americanos
Policiais da cidade de Nova York entraram na Universidade Columbia, na noite desta terça-feira (30), depois que manifestantes pró-Palestina ocuparam um prédio da instituição.
Os manifestantes ocuparam o Hamilton Hall, um prédio administrativo no campus, pela manhã. Pouco antes de os policiais entrarem no campus, o Departamento de Polícia de Nova York recebeu um aviso da Columbia autorizando os oficiais a agirem.
Os protestos na Columbia, no início deste mês, deram início a manifestações que agora se estendem da Califórnia a Massachusetts. À medida que as cerimônias de formatura de maio se aproximam, os administradores enfrentam maior pressão para dispersar os manifestantes.
Mais de mil manifestantes foram presos nas últimas duas semanas em diversos estados, como Texas, Utah, Virgínia, Carolina do Norte, Novo México, Connecticut, Louisiana, Califórnia e Nova Jersey, alguns após confrontos com a polícia.
"Abandone esta situação agora e continuem sua defesa por outros meios", aconselhou o prefeito de Nova York, Eric Adams, aos manifestantes da Columbia na tarde de terça-feira antes da chegada da polícia. "Isso deve acabar agora", afirmou.
A Casa Branca condenou mais cedo na terça-feira os impasses na Columbia e na California State Polytechnic University, Humboldt, onde os manifestantes ocuparam dois prédios até que policiais com cassetetes intervieram durante a noite e prenderam 25 pessoas. Autoridades estimam que os danos totais no campus do norte da Califórnia ultrapassaram US$ 1 milhão.
O presidente Joe Biden acredita que estudantes ocupando um prédio acadêmico é "absolutamente a abordagem errada" e "não é um exemplo de protesto pacífico", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
Outras faculdades têm procurado negociar acordos com os manifestantes na esperança de terem cerimônias de formatura pacíficas.
A Universidade Northwestern obteve uma rara vitória. Autoridades disseram ter alcançado um acordo com estudantes e professores que representam a maioria dos manifestantes em seu campus perto de Chicago para permitir manifestações pacíficas até o final das aulas de primavera.
Os protestos em todo o país começaram na Columbia em resposta à ofensiva de Israel em Gaza, depois que o Hamas lançou um ataque mortal no sul de Israel em 7 de outubro. Militantes mataram cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e tomaram cerca de 250 reféns. Prometendo acabar com o Hamas, Israel matou mais de 34.000 palestinos na Faixa de Gaza, segundo o ministério da saúde local.
*com informações da Associated Press