Polícia colombiana prende mulher suspeita de ajudar em atentado contra Miguel Uribe
Pré-candidato presidencial foi baleado durante comício em Bogotá; adolescente de 15 anos é apontado como autor dos disparos
Vicklin Moraes
A polícia colombiana prendeu neste sábado (14) uma mulher suspeita de envolvimento no atentado a tiros contra o senador e pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe, do partido de direita Centro Democrático. O político foi baleado pelas costas no último dia 7, enquanto participava de um ato de campanha em uma praça de Bogotá.
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A prisão ocorreu na região de Caquetá, no sul da Amazônia colombiana. Segundo as autoridades, a suspeita será transferida para Bogotá, onde estão concentradas as investigações. A informação foi confirmada pela imprensa local.
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pelo canal Noticias Caracol mostram a mulher saindo de um carro cinza, já flagrado por outras câmeras às 17h20 trafegando pela avenida Ferrocarril. Ela aparece acompanhada de um homem. Ambos seguiram o mesmo trajeto de um adolescente — apontado como o autor dos disparos — mantendo distância até a chegada ao local onde Uribe discursava.
Antes da prisão da mulher, outros dois suspeitos já haviam sido detidos. Um deles é um adolescente de 15 anos, apontado como o atirador. Segundo a polícia, ele se aproximou do senador durante o evento político e efetuou os disparos a curta distância. Após o ataque, o jovem tentou fugir, mas foi baleado na perna e contido por seguranças. O segundo preso é acusado de oferecer apoio logístico ao atentado. Ambos estão sob custódia do Ministério Público colombiano.
De acordo com o último boletim médico divulgado pela Fundação Santa Fé de Bogotá nesta sexta-feira (13), Miguel Uribe permanece internado em estado crítico na UTI, com monitoramento hemodinâmico e neurológico contínuo.
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O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, declarou que determinou o uso total dos recursos das Forças Armadas, polícia e órgãos de inteligência para apurar o caso. O governo também ofereceu recompensa por informações que levem aos envolvidos no crime.
Miguel Uribe é senador pelo Centro Democrático e filho de uma jornalista sequestrada e morta em 1991, durante um dos períodos mais violentos da Colômbia, marcado por conflitos com cartéis de drogas.
