Pentágono abre investigação contra senador democrata após vídeo que cita “ordens ilegais”
Mark Kelly incentivou militares norte-americanos a recusarem ordens abusivas do governo; fala gerou pressão, acusações de traição e possível processo militar
do SBT Brasil
O embate que começou nas redes sociais agora virou caso oficial: o Pentágono abriu uma investigação contra o senador democrata Mark Kelly, após ele incentivar militares norte-americanos a recusarem ordens que considerem ilegais. A reação do presidente Donald Trump foi imediata — ele chamou o congressista de “traidor” e afirmou que a atitude poderia ser punida com pena de morte.
Em uma gravação publicada nas redes sociais, Kelly — capitão da Marinha e astronauta aposentado — aparece ao lado de outra senadora e três congressistas democratas. Direcionado a militares e agentes de inteligência, o vídeo traz a frase central que motivou a investigação:
“Você pode recusar ordens ilegais. Você deve recusar ordens ilegais.”
O grupo acusa o governo Trump de tentar colocar as Forças Armadas contra os próprios cidadãos e critica a operação militar no Caribe, que, segundo a Casa Branca, mira o combate ao tráfico de drogas. Para os parlamentares democratas, a ação forçaria militares a violar a lei ao executar ataques em águas internacionais.
A Casa Branca reagiu duramente. A porta-voz do governo afirmou que Kelly tentou “intimidar 1,3 milhão de militares” dos Estados Unidos.
No dia seguinte à publicação, Trump subiu o tom e afirmou que a conduta dos congressistas poderia ser enquadrada como um crime punível com pena de morte, citando uma lei americana que trata de ações contra o governo.
Mark Kelly rebateu e acusou a Casa Branca de tentar intimidá-lo politicamente.
De acordo com a imprensa local, o FBI entrou em contato com o Congresso e tenta agendar entrevistas com parlamentares no Capitólio. Até o fim da tarde desta terça-feira, porém, não havia pedido formal para investigar qualquer senador.
Pentágono pode convocar Kelly de volta à Marinha
Além da investigação formal, o Departamento de Defesa informou que pode convocar Kelly de volta ao serviço ativo, o que abriria caminho para um processo militar.
O órgão informou ainda que pretende revisar a conduta do senador durante sua carreira como capitão da Marinha.









