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Paris inaugura memorial às vítimas LGBTQ+ do nazismo no dia do combate à discriminação

Há 35 anos, a Organização Mundial da Saúde retirava a homossexualidade da lista de doenças

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No dia de combate à LGBTQfobia, Paris ganha memorial para vítimas gays do nazismo. | Reprodução/Instagram
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Um memorial às vítimas gays do regime nazista e a todas as pessoas LGBTQ+ perseguidas ao longo da história foi inaugurado neste sábado (17) em Paris. A data celebra o dia mundial de combate à LGBTQfobia.

O monumento, uma estrela de aço maciça projetada pelo artista francês Jean-Luc Verna, fica próximo à Praça da Bastilha, no centro da capital francesa. "O reconhecimento histórico significa dizer 'isso aconteceu' e 'não queremos que aconteça de novo'", disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.

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"Há um lado negro diante de nós, que nos força a lembrar", diz o artirta. "Em certos momentos do dia, ela projeta uma longa sombra no chão, evocando os perigos que infelizmente ainda pairam sobre nós."

A perseguição do regime nazista por gays, lésbicas e outros integrantes do grupo é pouco reconhecida na história. Mas historiadores estimam que entre 5 mil e 15 mil pessoas foram deportadas pelo nazismo por serem LGBTQI+.

Jacques Chirac, em 2005, foi o primeiro presidente francês a reconhecer esse grupo como vítimas da Segunda Guerra Mundial: "eles foram caçados, presos e deportados".

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Um

Dia da 'despatologização' da homossexualidade

A data que marca o combate à discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero, instituída em 2004, celebra a exclusão da "homossexualidade" do Código Internacional de Doenças (CID), em 17 de maio de 1990. Há 35 anos, a orientação deixou de ser considerada uma doença, atendendo a uma luta de décadas da comunidade diante da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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A patologização da homossexualidade surge no século 19, tratado como uma psicopatologia. No início do 20, pessoas "acusadas" de serem homossexuais eram confinadas em hospitais psiquiátricos. Em 1948, o Código Internacional de Doenças passou a considerar homossexualidade um transtorno de personalidade. Quatro anos depois, a Associação Americana de Psiquiatria (APA) lançaria a primeira edição de seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), que incluiria a homossexualidade como um "desvio sexual".

A luta de ativistas LGBT para reverter essa tendência transformar a orientação sexual em doença começou a dar frutos na década de 1970. Em 1973, a APA decidiu retirar a palavra homossexualidade do DSM. Só em 1990 o movimento foi seguido pela OMS.

*As informações são da Associated Press e da Agência Brasil

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