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Papa Francisco enfrentou escândalos de abusos sexuais na Igreja com ações e pedidos de perdão

Pontífice reconheceu os erros da Igreja e adotou medidas inéditas para combater os crimes cometidos por sacerdotes

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Um dos maiores desafios enfrentados por papa Francisco à frente da Igreja Católica foi o combate aos casos de abuso sexual cometidos por sacerdotes. Desde o início do seu papado, ele demonstrou coragem ao reconhecer essa realidade e enfrentá-la de forma direta.

O padre Tim relembra a visita do Papa à Irlanda, país onde vive, e que ajudou a organizar. Durante a viagem, Francisco teve um longo encontro com sobreviventes de abusos praticados por membros do clero. “No dia seguinte, ele me pediu um papel. Eu li. Era um pedido de desculpas em suas próprias palavras. Ele escreveu com o coração”, contou o religioso.

A Igreja Católica, historicamente criticada pela falta de ação diante dos inúmeros relatos, encontrou em Francisco um líder com posicionamento firme contra essas violações.

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Às vésperas da escolha de um novo líder católico, vítimas de violência sexual praticada por religiosos exibem imagens de cardeais que, segundo elas, falharam ao não denunciar possíveis abusos. Entre os citados está o cardeal irlandês Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano, que anunciou a morte de Francisco e assumiu interinamente as funções papais.

Representantes de grupos de vítimas destacam que deve haver remoção obrigatória de um padre após a confirmação de um caso de abuso. “Ele não pode mais, depois disso, exercer o cargo... e só há um lugar no mundo onde isso acontece: os Estados Unidos”, disse um integrante do grupo.

As mudanças nas regras para padres acusados de abuso nos Estados Unidos ocorreram após uma série de denúncias que vieram à tona em 2002, na cidade de Boston, ainda sob o papado de João Paulo II. Dezesseis anos depois, um novo escândalo no país provocou a reação de Francisco.

Em 2018, o estado da Pensilvânia se tornou o epicentro de denúncias envolvendo líderes católicos. Um relatório apontou décadas de abusos envolvendo mais de 300 sacerdotes. Na época, o Papa Francisco condenou os atos e declarou que a Igreja havia abandonado os menores violados.

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No ano seguinte, o pontífice afastou do cargo o cardeal Theodore McCarrick, então arcebispo de Washington. McCarrick, o religioso com a mais alta posição na Igreja Católica a ser acusado por múltiplos casos de abuso, faleceu no início de abril.

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