Ônibus com estudantes cai de penhasco na Colômbia e deixa 17 mortos
Adolescentes haviam concluído ensino médio há uma semana e estavam voltando de uma viagem que fizeram para se despedir dos dias de escola
Sofia Pilagallo
Um ônibus que transportava estudantes caiu de um penhasco e deixou 17 mortos na Colômbia. Os adolescentes haviam concluído o ensino médio há uma semana e estavam voltando de uma viagem que fizeram para se despedir dos dias de escola quando o acidente ocorreu.
Os jovens moravam em Remedios, no departamento de Antioquia, e tinham viajado para Tolú, cidade do Caribe colombiano conhecido por suas praias paradisíacas. A previsão era para chegada à cidade natal no domingo, por volta das 5h (horário local; 7h em Brasília), mas o acidente ocorreu antes disso, nas primeiras horas daquele dia.
Até a publicação deste texto, mais de 20 pessoas haviam sido dadas como sobreviventes. Três delas estão em estado crítico e foram transferidas para centros médicos em Medellín. As demais permanecem em hospitais nos municípios de Remedios, Segovia e Yolombó, em Antioquia.
A causa do acidente é incerta. Uma hipótese é a de que o motorista do ônibus, Jonathan Alexander Taborda, de 27 anos, que também morreu, tenha pegado no sono — o que, combinado com o horário e a escuridão do local, teria levado à tragédia. Acredita-se também que o motorista pode não ter mudado de direção após uma curva.
O avô de uma das vítimas fatais do acidente contesta a hipótese de que o motorista tenha pegado no sono. Ao veículo local MiOriente, Carlos Guiérrez revelou que Valeria López teria comentado que o ônibus estava em más condições. Segundo ele, Valeria contou que o veículo parou várias vezes antes de perder o controle e cair no barranco.
O ônibus ficou completamente destruído e as equipes de resgate trabalharam por horas para salvar vidas e evitar mais mortes. Os 17 corpos foram transferidos para Medellín, onde membros do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses realizarão os estudos necessários para determinar a causa da morte de cada um.
O governador de Antioquia, Andrés Julián Rendón, confirmou que uma equipe de profissionais foi mobilizada para oferecer apoio psicossocial a todos os afetados e conversou com alguns sobreviventes em Remedios. Um deles contou que foi acordado por gritos e que não se lembra exatamente de como os eventos se desenrolaram.
