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Número de mortos em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza passa de 46 mil

Este conflito é, de longe, o mais mortal entre Israel e Hamas. Dos mortos, 31,5% são crianças, algo em torno de 14.555

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O número de palestinos mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas ultrapassou 46 mil, informou o Ministério da Saúde de Gaza nesta quinta-feira (9). Não há previsão de término para o conflito, que já dura 15 meses.

O ministério relatou um total de 46.142 pessoas mortas e 108.379 feridas desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023. Dos mortos, 31,5% são crianças, cerca de 14,5 mil. Ao menos oito delas morreram de hipotermia devido às condições adversas enfrentadas pelos mais de 1.900.000 palestinos internamente deslocados no enclave.

Pelo menos cinco recém-nascidos teriam morrido congelados entre 24 e 29 de dezembro, segundo a Unicef. "É tragicamente previsível que mais vidas de crianças sejam perdidas devido às condições desumanas que elas estão enfrentando, que não oferecem proteção contra o frio", afirmou a agência.

O comissário-geral da Agência das Nações Unidas para refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, postou no X que, enquanto isso, "cobertores, colchões e outros suprimentos de inverno estão presos na região há meses, esperando aprovação para entrar em Gaza".

As forças militares israelenses afirmam ter matado mais de 17.000 militantes. Israel diz que tenta evitar atingir civis e culpa o Hamas pelas mortes. Somente nas últimas 24 horas, 70 pessoas morreram e 104 ficaram feridas nos bombardeios.

Este conflito é, de longe, o mais mortal entre Israel e Hamas: o número de mortos representa cerca de 2% da população total pré-guerra de Gaza, estimada em 2,3 milhões. A ofensiva israelense em Gaza devastou grande parte do território, forçando o deslocamento de cerca de 90% da população. Muitos estão em acampamentos insalubres, enfrentando escassez de alimentos, água e outros serviços básicos.

Israel argumenta que os danos a civis são resultados das operações do Hamas em áreas residenciais, com túneis e infraestrutura militar ocultos. Autoridades palestinas e organizações de direitos humanos acusam Israel de crimes de guerra e o principal tribunal da ONU analisa uma denúncia de genocídio.

O alto número de vítimas civis fez o Tribunal Penal Internacional emitir no ano passado mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e contra a humanidade no Estado da Palestina.

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