Novo ataque dos EUA contra barco no Mar do Caribe deixa 3 mortos
Momento do bombardeio foi divulgado pelo secretário de Guerra, Pete Hegseth; veja vídeo


Camila Stucaluc
A Marinha dos Estados Unidos realizou, na madrugada desta sexta-feira (7), um novo ataque contra uma embarcação no Mar do Caribe, acusada de transportar drogas. A ação, segundo o secretário de Guerra, Pete Hegseth, deixou três mortos.
“A embarcação traficava narcóticos no Caribe e foi atingida em águas internacionais. Nenhuma força dos Estados Unidos foi ferida no ataque, e três narcoterroristas do sexo masculino - que estavam a bordo do navio - foram mortos”, escreveu Hegseth, ao compartilhar um vídeo do ataque nas redes sociais.
Esse é o 18º ataque norte-americano desde setembro, quando o país iniciou uma operação naval contra o narcotráfico no Caribe e no Pacífico, perto das costas da Venezuela e da Colômbia. O presidente Donald Trump acusa cartéis latino-americanos de transportarem drogas para os Estados Unidos pelo mar.
A operação despertou alerta no presidente Nicolás Maduro, que começou a mobilizar militares e milicianos para reforçar o patrulhamento da fronteira. Isso porque o venezuelano teme que a operação naval norte-americana seja uma ofensiva disfarçada, com o objetivo de mudar o regime do país à força.
A Colômbia também criticou publicamente a movimentação dos militares norte-americanos em águas internacionais. O presidente Gustavo Petro afirmou que os ataques a embarcações violam o direito internacional, uma vez que há um uso desproporcional da força, e que traficantes deveriam ser levados à Justiça, não assassinados.
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O mesmo foi dito pelo alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, que chamou os ataques de “execuções extrajudiciais”. “Esses ataques, com seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os Estados Unidos devem pôr fim a tais ataques e tomar todas as medidas necessárias para evitar as execuções extrajudiciais de pessoas a bordo dessas embarcações, independentemente de qualquer suposta atividade criminosa”, afirmou.








