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Naufrágio com sete mortos expõe nova rota migratória da África para a Europa

Mulheres e crianças estão entre as vítimas de naufrágio em barco que partiu da África em direção às Ilhas Canárias

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Naufrágio mata sete africanos que iam para a Europa | Reprodução
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A morte de sete pessoas no naufrágio de um barco que havia saído da África com destino às Ilhas Canárias, na Espanha, chama atenção para uma nova rota migratória usada para entrada na Europa.

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Tão perto da terra firme, a embarcação virou e sete pessoas morreram afogadas. Eram mulheres, crianças e uma adolescente.

“Nós todos choramos. Essas crianças estavam no início da vida, alcançando o sonho europeu e morrem logo no porto. Isso dói ainda mais”, disse Luis Gonzales, médico que atendeu algumas das vítimas da rota que, só no ano passado, deixou mais de dez mil mortos e desaparecidos, segundo a organização espanhola "Caminhando Fronteiras", que atua nas Ilhas Canárias.

Dados de janeiro a abril da Agência Europeia de Fronteiras mostram que a rota do Atlântico, que geralmente parte da Mauritânia em direção às Ilhas Canárias, já é tão movimentada quanto as rotas do Mar Mediterrâneo.

As autoridades europeias conseguiram reduzir o tráfego de barcos em praticamente todas as rotas marítimas nos primeiros meses deste ano. Mas é agora, durante o verão no Hemisfério Norte, que o número de embarcações irregulares costuma aumentar e, com isso, o número de mortes também.

Enfrentar o Atlântico em embarcações precárias é considerado o trajeto mais perigoso rumo à Europa. No ano passado, uma dessas embarcações chegou ao norte do Brasil com os corpos de nove africanos que morreram de fome e sede após 81 dias no mar.

Durante a semana, uma delegação do Parlamento Europeu esteve nas Ilhas Canárias para verificar principalmente a situação dos menores que chegam desacompanhados: ou são órfãos ou enviados pelos próprios pais para tentar a sorte na Europa.

“Estamos olhando para pessoas para quem é muito difícil ter uma vida como a nossa”, conta Javier, um dos moradores da ilha que ajudaram a socorrer as vítimas da última tragédia — que só não foi pior porque aconteceu bem ao lado do porto.
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